Mãe de jovem com necessidades especiais reclama de atendimento em Simões Filho: “Meu filho está sem fisioterapia há 02 semanas”


O desabafo de uma mãe que luta pelo processo de reabilitação de seu filho, após um grave acidente de trânsito, chamou a atenção dos moradores de Simões Filho, Região Metropolitana de Salvador (RMS), na manhã desta quarta-feira (21).

Em contato ao vivo com o radialista Jairo Mascarenhas, durante a transmissão do programa “Bom Dia Simões Filho”, a dona de casa Cristiane Viana denunciou uma situação que para ela está se tornando insustentável.

Seu filho Ryan, que após sofrer um grave acidente de trânsito em 2011 ficou dependente de sessões de fisioterapia para evoluir em seu processo de reabilitação, está há mais de duas semanas sem fazer os exercícios no ambulatório do Centro Social, porque os aparelhos de ar condicionado da unidade de saúde estão quebrados.

De acordo com Cristiane, tanto o seu filho como outros pacientes que necessitam da fisioterapia tiveram seus tratamentos prejudicados, por causa da inoperância da pasta em resolver a questão dos aparelhos de ar refrigerado.

“Enquanto isso nossos filhos ficam em casa se prejudicando. Tem pessoas que pegaram a perna mecânica e precisam da fisioterapia para se adaptar. A minha vizinha está vivendo isso e é triste. Para pegar uma perna mecânica dessas é uma eternidade que a gente espera, eu vivenciei isso na minha casa. Para meu filho pegar uma órtese eu precisei recorrer ao Ministério Público e agora, não tem fisioterapia”, disse ela.

Pela situação constrangedora que Cristiane declara está vivendo, ela indaga a secretária de Saúde, Dr. Betânia e cobra solução para a situação de seu filho.  “Eu quero saber quando é que vão consertar os aparelhos de ar condicionados? Quando a fisioterapia vai voltar a funcionar no município? Os pacientes estão esperando. Fisioterapia não pode ficar muito tempo sem se fazer”.

Cristiane também se reportou ao fato de seu filho está se deslocando por conta própria para o ambulatório, sem poder contar com o sistema de transporte público que é disponibilizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Ela revelou está gastando em média R$ 80,00 por semana para conseguir transportar Ryan do bairro Cia I, onde ela reside, até o Centro Social e considera isso inadmissível.

“É uma verba federal gente que todas as prefeituras recebem para poder investir nestes carros e é isso que aborrece a gente. Algumas pessoas não têm essa informação, mas tem aquelas que possuem essa informação e mesmo assim são tratadas como iguais”, disse ela.

A mãe de Ryan salientou ainda que alguns funcionários da saúde não atendem a população de maneira adequada e diz que todos deveriam passar por um processo de treinamento para poder aperfeiçoar o atendimento.

“Essas pessoas que trabalham na secretaria do município, por favor, se humanizem mais, olhem mais para o outro com misericórdia. É preciso que esse pessoal tome um curso para poder trabalhar em uma secretaria tão complexa como essa de saúde. Essa é uma pasta que requer muito humanismo e as pessoas tratam a gente como se a gente estivesse pedindo favor”.

Sobre a questão do transporte, Cristiane contou que Dr. Betânia se comprometeu em resolver, já sobre o conserto do sistema de refrigeração do ambulatório para que a fisioterapia volte a funcionar, ainda não tem previsão.