Quilombo Rio dos Macacos em Simões Filho participa do Fórum Mundial Social e denuncia escassez de água


Um debate promovido pelo Fórum Mundial Social, na manhã desta quarta-feira (14), em um Campus da Universidade Federal da Bahia (UFBA), discutiu o impasse que tem prejudicado as 85 famílias remanescentes do Quilombo Rio dos Macacos, em Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador (RMS).

 O encontro, realizado na Escola de Teatro da UFBA, no bairro do Canela, em Salvador, reuniu representantes de movimentos negros, pesquisadores, professores, estudantes e sociedade civil.

De acordo com os quilombolas, além da disputa judicial travada com a Marinha em torno do território, agora os moradores da comunidade tradicional estão sem acesso à água. O motivo da restrição seria um muro erguido pelos militares.

“O Quilombo Rio dos Macacos está enfrentando uma luta severa pela água. Esse conflito com a Marinha está deixando o pessoal com um problema sério com o abastecimento de água. Estamos aqui apoiando o Quilombo Rio dos Macacos”, disse a professora Eliza Larkin Nascimento, diretora do Instituto de Pesquisas e Estudos Afro-Brasileiros.

Embora a União reconheça como quilombola uma área de 301 hectares, por meio de portaria publicada em 18 de novembro de 2015, a comunidade ainda aguarda a titulação de posse da terra.

Com a demarcação da área, os militares ficaram com a responsabilidade de gerir 196,2 hectares, incluindo a extensão do Rio dos Macacos, de onde atualmente os moradores retiram água de maneira artesanal para sua subsistência. As informações são do BNews.