Vacinas contra febre amarela estão sobrando em Salvador e Região Metropolitana


Mesmo com o risco de surto e a preocupação com os casos já confirmados em outros estados brasileiros, as vacinas de imunização contra a febre amarela ainda estão sobrando nos postos de vacinação de Salvador e Região Metropolitana (RMS).

Além da capital baiana, as cidades de Camaçari, Candeias, Itaparica, Lauro de Freitas, Mata de São João, São Francisco do Conde e Vera Cruz estão realizando a campanha de vacinação até o próximo dia 09 de março.

 De acordo com a Secretaria da Saúde do Estado (Sesab), o objetivo é imunizar 95% da população nesses municípios com a dose fracionada, mas ainda são esperadas cerca de 1,5 milhão de pessoas para a vacinação até o final da campanha.

O último sábado (24) foi escolhido pelo Ministério da Saúde como o Dia D de vacinação, porém, apenas 14.950 pessoas buscaram os postos das cidades baianas na primeira semana da campanha. O coordenador estadual de imunização e vigilância das doenças imunopreviníveis da Sesab, Ramon Saavedra, explica que a Bahia está tendo a oportunidade de trabalhar a campanha de vacinação antes de os casos aparecerem. Ele convoca a população a se vacinar.

“Enquanto outros estados estão correndo para impedir o avanço da doença, a Bahia está na fase de prevenção. Então, é de fundamental importância que a população se dirija aos postos de saúde para se imunizar”, destaca Ramon. “A vacina é a forma mais eficaz de se proteger contra a febre amarela”, reforça.

A vacinação com a dose fracionada é destinada a pessoas a partir de dois anos de idade, desde que não apresentem condições clínicas especiais. Todos que já tomaram a vacina em dose completa, ao longo da vida, não terão a necessidade de receber nova dose.

A intenção é proteger o maior número de pessoas contra a febre amarela, em localidades com grande contingente populacional e que têm evidência de circulação do vírus e risco elevado de transmissão da enfermidade.

No Brasil, já foram confirmados 545 casos e 164 óbitos no período de 1º julho de 2017 a 20 de fevereiro deste ano, ou seja, 30% das pessoas que contraíram a doença vieram a óbito. A Bahia não teve casos nativos de febre amarela em humanos. O último caso registrado foi em 2000.