Policiais federais apreenderam materiais na casa do ex-governador da Bahia e atual secretário estadual de Desenvolvimento Econômico (SDE), Jaques Wagner (PT), na manhã desta segunda-feira (26), enquanto cumpriam mandado de busca e apreensão da Operação Cartão Vermelho. A ação investiga superfaturamento na construção e demolição da Arena Fonte Nova.
Duas equipes da PF ficaram cerca de 1 hora no apartamento do ex-governador, que fica no 13º andar da Mansão Victory Tower, Corredor da Vitória, em Salvador. Eles deixaram o imóvel por volta das 8h30 com dois malotes com provas recolhidas no local.
O advogado do petista, Pablo Domingues, chegou ao prédio logo depois os policiais federais e acompanhou a ação. Mesmo após a saída dos agentes, o defensor continuou no local. Segundo o advogado, Wagner está em Salvador, mas o local não foi informado.
De acordo com Pablo, até o momento, ele não teve acesso ao inquérito policial. “Assim que eu tiver acesso e tomar conhecimento do caso, darei um posicionamento à imprensa. No entanto, o que posso falar no momento é que houve apenas uma medida cautelar de busca e apreensão”, disse, acrescentando que ele não foi convocado para participar da coletiva de imprensa na sede da PF, em Água de Meninos.
Os policiais também cumpriram mandados no escritório da empresa Parceria Inteligente, que fica no Max Center, no Itaigara. A equipe da PF, que permaneceu por mais de 1h30 no 3º andar do prédio, deixou o local por volta das 8h40, carregando documentos e materiais que serão analisados.
Ao todo, foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região. No entanto, os endereços não foram divulgados pela PF.
Segundo as investigações, há indícios de fraude em licitação, o desvio de verbas públicas, além de corrupção e lavagem de dinheiro. A polícia apurou que a Parceria Público e Privado (PPP) resultou em benefício para as construtoras Odebrecht e OAS, ambas investigas pela Operação Lava Jato.
Os valores corrigidos, segundo o laudo policial, podem chegar em mais de R$ 450 milhões, sendo que parte desse valor foi desviado para o pagamento de propina e financiamento de campanhas eleitorais. As informações são do Jornal A Ti arde
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