A tradicional demissão em massa ainda assombra os servidores de Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador. Embora tenha quebrado o costume dos últimos anos, em que quase 2.000 funcionários eram demitidos no mês de dezembro, o prefeito Diógenes Tolentino demonstra preocupação com a decisão de manter a folha de pagamento acima do limite prudencial.
Em entrevista ao radialista Roque Santos, na manhã desta quarta-feira (20), Dinha revelou que ainda não conseguiu estabilizar a folha de pagamento e por isso teria que demitir os servidores para cumprir o índice estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal. No entanto, disse “ter tomado uma decisão que espera não prejudicá-lo no futuro”.
Com tom de preocupação, Dinha salientou que, embora tenha sido orientado pelo setor fiscal a promover as demissões, uma vez que a arrecadação municipal não superou a estimativa de governo, ele preferiu levar em consideração a frustração das famílias que seriam assoladas com o desemprego neste fim de ano, mas considerou que é uma manobra arriscada.
“Eu decidi mantê-las, sei que é uma atitude que eu tomei que é um risco muito grande, mas eu não poderia demiti-las”, revelou o gestor municipal referindo-se a uma possível reprovação futura do Tribunal de Contas dos Municípios.
Apesar da situação, o alcaide explicou que ainda “acredita que até o fim do ano vai conseguir aumentar a arrecadação”, tendo em vista que, com o pagamento do décimo terceiro salário e com a antecipação dos proventos de dezembro, “o comércio local deverá ser aquecido com quase 40 milhões de reais”.
Dinha contou que, desde que assumiu a gestão em janeiro deste ano “estabeleceu o servidor municipal como prioridade e tem honrado com o compromisso pagando os salários em dia e até antecipando a folha.
Além dos pagamentos dos servidores que deverão aumentar consideravelmente as vendas de fim de ano no município, o prefeito ressaltou a importância da ornamentação especial “Vila Natalina”, inaugurada no último dia 15/12 com o intuito de fomentar ainda mais o sentimento de pertencimento dos munícipes.
Para ele, é importante que a cidade seja julgada pelos aspectos positivos. “A Vila Natalina veio pra dar essa liga. Fazer as pessoas estarem mais presentes na cidade. Fazer com que as pessoas digam que estão na cidade e querem respeito, querem ser tratadas com carinho”, concluiu.
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