Central de Regulação volta a ser pauta de discussão na Câmara de Simões Filho


A falta de subsídios da Central de Regulação do Estado tem gerado reclamações em diversos municípios baianos, inclusive nas cidades da Região Metropolitana que não dispõem de unidades hospitalares de grande porte e por isso dependem exclusivamente do governo estadual.

Em Simões Filho, a situação não é diferente dos demais e a precariedade na saúde pública vem se agravando gradativamente. Neste sentido, o parlamento municipal discute oportunamente as consequências geradas pela falta de suporte no Sistema Único de Saúde (SUS).

Na sessão desta terça-feira (12) alguns dos edis colocaram casos de pessoas conhecidas que estão há meses esperando transferência para unidades da capital baiana sem êxito, o que preocupa muito pacientes e familiares.

O vereador Cleiton (Boly Boly) contou que um conhecido seu está há quase três meses internado no Hospital Municipal com o fêmur quebrado, dependendo somente da regulação, mas não encontra solução.

Nesta semana, o Mapele News também contou o drama de uma idosa de 86 anos que sofre de trombose, hipertensão e diabetes, necessitando urgentemente de uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

https://mapelenews.com.br/familiares-de-idosa-com-86-anos-internada-em-hospital-municipal-de-simoes-filho-apelam-por-regulacao/

Com a experiência de quem já atuou como chefe da pasta no município, o vereador Alfredo Assis explicou que a única solução para o sucesso da regulação no seu ponto de vista seria o município absorver o próprio serviço.

“Nós só teríamos um sucesso maior, se a Central de Regulação da SAMU no município absorvesse. Eu tentei isso, mas o custo é alto e aí tinha que vê se o próprio município administrasse a regulação”, disse ele.

Dr. Alfredo explicou ainda que, além dos custos altos com equipamentos, a Secretaria de Saúde (SMS) teria que contratar uma equipe especializada para trabalhar na transferência dos pacientes.

“Aí você teria que ter uma equipe médica com sete médicos, sete enfermeiros só para atender a regulação. O problema não é o pessoal que está dentro da ambulância, é que a gente está atrelado a regulação de Salvador e a dificuldade é isso. Então, teria que rever se o município pode absorver a própria regulação”, sugeriu.