“Ele não vai pra lugar nenhum”, diz ex-vereador Luciano Almeida em ataque verbal a Eduardo Alencar


A menos de 1 ano das eleições para os cargos de deputado, governador, senador e presidente da república, a população do município de Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador (RMS) já respira política 24h por dia. Não se fala em outro assunto na cidade.

A exemplo disso, na manhã desta segunda-feira (27), o ex-vereador e atualmente assessor especial da Secretaria Municipal de Saúde, Luciano Almeida resolveu soltar o verbo e falar sobre alguns comentários que surgiram com seu nome nos últimos dias no município.

De acordo com Luciano, o grupo do ex-prefeito Eduardo Alencar, do qual há dois anos Luciano se afastou, tem inventado calunias ao seu respeito. Segundo ele, até chegaram a dizer que ele está lotado na prefeitura, recebendo salário, mas sem trabalhar.

“Isso é uma calúnia. Inclusive eu estou agora na Secretaria de Saúde cuidando da atenção básica. Porque o ex-prefeito da nossa cidade deixou não só os postos, mas a saúde, a educação, o esporte e o saneamento básico um caos. Então, nós estamos fazendo todo um levantamento dos postos de saúde, da parte hidráulica, elétrica, pintura e iluminação para que possamos reformar todos os postos de saúde da cidade”, revelou em entrevista ao repórter Valfredo Silva.

Sem contar conversa, Luciano pediu que Eduardo o esquecesse e resolveu até mandar um recado para o antigo gestor, que ainda de acordo com ele, não terá espaço na política em 2018 porque está com a ficha suja.

“Eu peço ao ex-prefeito que me esqueça. Ele é ficha suja, ele tem muitos processos e que ele dedique o tempo dele para as defesas dele, dos processos que são muitos. Ele hoje está inelegível, se ele hoje fosse candidato, não poderia ser. Ele vai depender de um recurso, que eu acredito que vai ser negado. Ele nao vai ser candidato em 2018 porque ele é ficha suja. Eu fui vereador em dois mandatos com ele e faltaram algumas perguntas no ar”, disse ele.

Perguntado se considera hoje Alencar como seu inimigo, Almeida negou. “Eu não tenho inimigos na política, é porque eu não concordo com a maneira que ele trabalha. Eu rompi com o ex-prefeito Eduardo Alencar dois anos antes de terminar o mandato. Primeiro porque ele nunca aceitou convênio, verba federal, e hoje Simões Filho está um caos”, contou.

Para Luciano, os eleitores simõesfilhenses deveriam fazer uma reflexão acerca das condições que a antiga administração deixou a cidade. Ele questionou o fato de Eduardo ser irmão do senador Otto Alencar e mesmo assim, não ter garantido equipamentos importantes para o município, como a Delegacia Especial de Atendimento a Mulher (DEAM).

“O povo de Simões Filho tem que parar para refletir um pouco, porque nós não temos um SAC, nós não temos a reforma do mercado, que foi prometida, nós não temos um restaurante popular, nós não temos uma DEAM e nós não podemos esquecer que o irmão dele é senador da república.

O assessor ainda fez questão de lembrar o episódio vivido pelo ex-vice prefeito Neco, substituído por Jomar Paraki nas vésperas das eleições, para compor a chapa majoritária do PSD.

“Eu simplesmente não tenho contato nenhum com o ex-prefeito Eduardo Alencar. Pra mim é um passado, porque ele não respeita o grupo. Suponhamos que ele colocou o candidato Jomar Paraki, nada contra o empresário, mas ele tinha nomes pra colocar nessa cidade, como Neco, Joel, Everton Paim, mas ele não respeita grupo, não respeita vereador”.

Almeida afirmou que está na torcida para que Eduardo não se candidate, e caso saia candidato, que não consiga se eleger. “Ele sabe que aqui em Simões Filho, se depender de mim ele não vai mais pra lugar nenhum e o povo tem que se lembrar disso. O povo tem que se lembrar que ele deixou a cidade um caos”.

Para concluir, Luciano resolveu indagar o antigo gestor e demonstrou vontade em ter os seus questionamentos respondidos. Ele disse que algumas indicações suas, como a implantação do CAPS (Cento de Apoio Psicosocial) foi reiterado 8 vezes na Câmara de Vereadores e nunca foi atendido. “É perseguição, é incompetência, é o que? Me responda prefeito”, concluiu ele.