A pouco menos de 15 dias, a população do município de Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador (RMS) vivia momentos de extrema comoção e tristeza, com o falecimento do garoto Miguel Pereira Santos, de 10 anos, morto no início da tarde da terça-feira (31) após ser acidentalmente atropelado por um ônibus escolar no pátio da Prefeitura Municipal.
Ainda bastante abalados, mas com muito equilíbrio emocional e uma fé que parece ser inabalável, os pais do menino, em entrevista ao repórter Valfredo Silva, contaram como têm sido suas vidas sem a presença do único filho.
“A gente está tentando viver um dia de cada vez agora. Tentando se reestruturar. Porque, a gente sabe que a perda de um filho é algo que a gente não deseja pra ninguém. Então, a gente está tentando se adequar com tudo”, revelou o pai da criança, que também se chama Miguel.
Com relação ao motorista do ônibus que atropelou o garoto, o pai explica que ainda que ele venha a ser comprovadamente o culpado, eles resolveram perdoá-lo. Segundo o rapaz, o motorista afirma não ter visto de fato o que aconteceu no momento exato do acidente.
“Ele está muito abalado. Ele também é pai e a gente como temente a palavra, botou em nosso coração que a gente tinha que perdoar ele. O que ele relata é que foi muito rápido o acontecimento. Ele só lembra que estava tentando sair com o carro e infelizmente ele só viu as pessoas batendo na chaparia dizendo pega, pega e ele teve que sair correndo”, contou.
Para a jovem Ruana Cruz, mãe de Miguel, a saudade é imensurável, mas toda a vivencia que tiveram com o pequeno filho juntamente com o conhecimento da Bíblia, faz com que o processo seja menos doloroso.
“A saudade é grande, a dor da perda é maior ainda, porém, como servos do Senhor a gente tem que está alicerçado na Palavra. Nós temos o conhecimento de tudo que nosso filho foi pra gente e tudo que ele construiu e que deixou agora pra gente cuidar”, revelou Ruana.
Para ele, a morte de Miguel não foi um simples acontecimento. “Tem muitas pessoas nos dando forças. O nosso coração até se alegra um pouco, porque a palavra do Senhor fala que nenhum dos dele irá se perder. Eu creio que meu filho foi arrebatado e não morto e isso me consola bastante”, disse ela.
Ruana declarou ainda que tem conseguido se alegrar com a situação pelo fato de muitas pessoas estarem utilizado o seu testemunho de vida neste momento de dor e entrando para o evangelismo.
“Agora nós ganhamos vários filhos espirituais. São pessoas que se apegaram mais com o Senhor, aceitaram Jesus e o momento é assim de dor, porém também é de alegria, porque nós estamos nos apegando na nossa fé e isso é o bastante”, completou ela.
Ruana contou que a família já havia sido revelada na igreja que algo aconteceria nos próximos dias e entende a morte do filho como uma confirmação da palavra outrora recebida. Ela disse que o sepultamento da criança, além de despedida foi um culto de louvor a Deus.
“O Senhor já havia clamado, já havia falado conosco por isso que nossa fé não foi abalada em momento nenhum. Quem esteve lá presente, muitas pessoas assim que não tinham noção da grandiosidade do Senhor em nossas vidas, nem do quanto Deus é precioso pra nós, ficaram até um pouco perdidas porque a glorificação e a exaltação ali ao Senhor foi um culto. Foi uma despedida, porém nós cultuamos ao Senhor”, disparou ela.
A mãe ainda agradeceu a todas as pessoas que lhes foram solidárias, especialmente os professores e funcionários da escola onde o garoto estudava e também de outras instituições que ele frequentava, assim como familiares e amigos.
“Eu quero aproveitar o momento e agradecer a todos os amigos e familiares que se fizeram presentes e mandaram mensagens. Aqueles também que não puderam, foi algo tão rápido, tão inusitado que não puderam comparecer, mas a agente pode contemplar a grandeza, porque nosso filho era pequeno, porém era muito grande”
.O caso de Miguel ainda não foi completamente solucionado. Os fatos estão sobre investigação da 22ª Delegacia Territorial de Simões Filho.
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