Após arrombamento de creche, coordenador de vigilantes diz que a ocorrência poderia ter sido evitada


A Creche Escola Aconchego da Mãe Santíssima, localizada na Avenida Paulo Souto, em Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador, foi arrombada na madrugada da última quinta-feira (14).

                                                                                          Foto: Fala Simões Filho

Conforme relatado pelos funcionários da escola, os criminosos invadiram o prédio e roubaram objetos de uso doméstico como panelas, pratos, talheres, botijão de gás de cozinha, alimentos e outros pertences.

Em entrevista ao repórter Valfredo Silva, a professora Diva, uma das fundadoras da instituição relatou que a creche já foi saqueada diversas vezes, e falou das dificuldades em manter a unidade escolar funcionando.

“Esse ano já é a terceira vez, ano passado foram nove vezes e a gente fica sem saber o que fazer, porque a gente faz evento e tudo pra suprir, mas não tem como”, comentou ela.

A professora conta que a instituição é mantida pela comunidade espírita “Casa da Fraternidade” em convênio com a Prefeitura de Simões Filho. De acordo com ela, a creche atende crianças de 06 meses a 05 anos de idade, em tempo integral.

“É a única creche no município que inclusive acolhe crianças a partir dos 06 meses. Hoje a gente não tem como acolher as crianças sem pratos, sem copos, sem nada. Aqui é para os pais que trabalham fora, mas infelizmente hoje os pais vão ficar com essa deficiência aí”, revelou.

A nossa reportagem tomou conhecimento de que a escola estava sem vigilante a alguns meses. Em contato com o coordenador de vigilantes e patrimônio da prefeitura, Rubens dos Santos, o mesmo explicou o ocorrido.

De acordo com Rubens, a escola estava desassistida porque a própria direção exigiu que a prefeitura contratasse dois profissionais antigos, e recusou o encaminhamento de novos profissionais.

“A escola ficou sem cobertura de vigilante não porque a Secretaria não tinha os profissionais, mas por exigência da própria direção. Mas a gente podia ter evitado que acontecesse isso. Só faltava o bom censo por parte da direção”, disse o coordenador.

Ainda segundo o coordenador diante da nova ocorrência, a direção aceitou trabalhar com os vigilantes que a Secretaria disponibilizou anteriormente. “Agora eu vou fazer, porque ela me deu o aval para deslocar os vigilantes”, concluiu Rubens.