Logo após a votação das contas de seu exercício em 2015 durante a sessão ordinária realizada na tarde desta terça-feira (05), na Câmara de Vereadores de Simões Filho, o ex-prefeito Eduardo Alencar esteve no local e foi bastante ovacionado pelo público ainda presente na frente da Casa Legislativa.
Na oportunidade, o antigo gestor falou sobre a tensão vivida durante a votação e como isso poderia ter prejudicado sua trajetória política, caso as contas fossem reprovadas.
“Foi a primeira vez que teve essa polêmica com referência as minhas contas. Porque eu sempre permaneci de uma forma democrática e republicana, deixando prevalecer à vontade dos vereadores. Eu acho que esse momento é importante pra mim, porque se os vereadores não votassem nas minhas contas, iam estragar a minha vida pública e isso não era justo, já que o TCM já tinha aprovado”, disse ele.
Com relação às declarações do vereador Orlando de Amadeu, atual líder do governo na Câmara, Eduardo falou que o edil tem mentido ao seu respeito e comentou sobre o que entende como sendo a realidade dos fatos.
“Quando o vereador Orlando fala de uma dívida de R$ 300 milhões ele não está falando a verdade. O município tem uma dívida, mas não foi contraída pelo prefeito Eduardo Alencar. È uma dívida desde a época de Eduardo Simões e os moradores mais antigos daqui sabem que Eduardo Simões não pagava o INSS nem a folha de pagamento, que ficava meses e meses atrasada”, relembrou.
Eduardo citou que após a apresentação do relatório financeiro do prefeito Diógenes Tolentino, que apontava a sua gestão como responsável pela aquisição da dívida, ele chegou a pedir oficialmente um direito de resposta para comprovar sua inocência, mas não teve êxito.
“Eu protocolei um ofício na Câmara pedindo que eu pudesse vir com o meu pessoal técnico explicar a dívida. Chamei o prefeito e pedi que ele viesse aqui pra provar que aquilo que ele estava falando era uma mentira e nada disso aconteceu. Se eles estão se esquivando de provar que Eduardo Alencar deixou essa dívida, então é porque não é verdade. É uma mentira”, pontuou.
Ainda sobre Orlando, Alencar falou que o vereador não deve está gozando plenamente de suas faculdades mentais e deveria procurar um tratamento médico que o ajudasse a recuperar o equilíbrio.
“O Homem público não pode transmitir uma mensagem mentirosa, tem que transmitir a verdade. A verdade dura, a mentira passa em pouco tempo. Eu não sei qual é o problema de Orlando. Ele primeiro tem que fazer uma análise pra ter um comportamento de equilíbrio, estudar mais um pouco pra fazer uma oposição mais honesta e direcionada não para uma pessoa e sim para a gestão. Ele tem que passar por um analista, pra depois poder vir aqui e ter um comportamento de um vereador da Câmara de Simões Filho, que merece respeito.
Já com relação aos vereadores que votaram em seu favor, o ex-gestor declarou que os considera seus amigos e concluiu que já esperava por este resultado. “São todos meus amigos e demonstraram isso hoje aqui. Eu sou amigo de qualquer um, agora eles, num momento como este que participaram da minha administração durante os oito anos, eu jamais acreditei que eles me deixariam na mão”.
Eduardo atribuiu a ressalva do TCM ao índice da folha de pagamento, que ultrapassou o limite prudencial recomendado pela Lei de Responsabilidade Fiscal, mas salientou que diante da demanda das secretarias, não poderia deixar de contratar servidores. “Eu tinha que manter o município funcionando e depois ser penalizado com a multa”, ressaltou.
Quando ia se despedir, ainda cercado por amigos e eleitores, Eduardo Alencar disse que está satisfeito com a aprovação, assumiu publicamente sua pré-candidatura a deputado estadual em 2018 e disse que Simões Filho terá um representante da Assembleia Legislativa.
“Eu estou satisfeito porque continuo na vida pública. Hoje de noite eu poderia sair da vida pública, mas graças a Deus e aos meus amigos que foram corretos comigo votando em meu favor, eu continuo na vida pública, serei candidato a deputado estadual e Simões Filho terá um representante na Assembléia Legislativa do Estado”, finalizou.
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