Major Fábio Dias se manifesta publicamente sobre toque de recolher:“vamos recolher todos esses marginais para a prisão”


Após a repercussão de áudios nas redes sociais sobre suposto toque de recolher, estabelecido por meliantes em sinal de luto pela morte do chefe do tráfico, o Comandante da 22ª Companhia Independente de Polícia Militar, Fábio Dias se pronunciou publicamente sobre o caso.

Na manhã desta sexta-feira (11), algumas lojas de Simões Filho deixaram de funcionar sob a ameaça dos criminosos. “Salve, Salve comunidade de Simões Filho, peço a compreensão de todos na humildade, no respeito. Pontos comerciais não abrem nada. Então as comunidades de Pitanguinha, Vida Nova, Simões Filho 1, KM 25, Cia 1, Cia 2, Ponto Parada, Big Áurea, Goes Clamon, Centro de Simões Filho, Paulo Souto, Cristo Rei, Parque Continental, Laboré, KM 30, Ilha de São João, Paulo Souto, Estrada de Candeias, Riacho Doce, Renatão, Iraque, Cepel, Rua da Linha, não abre nada”, diz o áudio enviado pelo WhatsApp.

Sob a suposta ordem da facção criminosa, o comandante garantiu que não há o que temer e disse que quem manda na cidade é a PM. “Quem manda aqui é a 22 CIPM. E quem dá toque de recolher é a PM, pois vamos recolher todos esses marginais para a prisão”, disse o Major Fabio Dias.

A tentativa de represália por parte dos criminosos se dá pela morte do “Marreno”, um dos mais procurados alvos da policia, identificado como Marcelo Batista dos Santos, morto em confronto com a polícia em uma ação da Força Tarefa, realizada pela Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP), com o apoio de unidades do Comando de Policiamento Especializado (CPE) da Polícia Militar, na noite da última quarta-feira (09).

Marreno estaria a pouco tempo entregando drogas e planejando ações criminosas, na Linha Verde. “Montamos a campana e seguimos acompanhando o veículo modelo Corolla, cor branca, utilizado por ele e Anselmo. No momento certo, sem colocar em risco inocentes fizemos a abordagem. Sabíamos que pela periculosidade do criminoso, teria reação”, contou o coordenador da Força-Tarefa, major Marcelo Barreto

No confronto, Anselmo Nascimento Sena, comparsa e motorista do Marreno, também trocou tiros com a policia e foi fatalmente atingido. Ambos já tinham passagem pela polícia. Os dois suspeitos foram socorridos para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Simões Filho, mas não resistiram.

De acordo com o monitoramento feito pela polícia, Marreno estava morando em uma cidade do interior de Alagoas, mas continuava ordenando o tráfico baiano via telefonemas e redes sociais. O criminoso também é acusado de fazer contato com custodiados no sistema prisional e determinar o assassinato de rivais.