Em entrevista exclusiva com a equipe do Mapele News, na tarde desta segunda-feira (15), o engenheiro civil e ambientalista João Fortuna, representante da empresa Naturalle Tratamento de Resíduos Sólidos esclareceu alguns aspectos relevantes acerca da vinda do aterro sanitário para Simões Filho.
Na oportunidade, o engenheiro que também possui título de doutorado em meio ambiente, declarou que além das preocupações ambientais para que os recursos naturais do município continuem sendo preservados, a empresa está desenvolvendo todo um projeto de cunho social para colaborar com a comunidade em torno do empreendimento e com os jovens da cidade em geral.
“Um empreendimento como esses utiliza técnica de engenharia civil e ambiental para proteger o meio ambiente. Ele é um equipamento que nós vamos ter total impermeabilização da base do aterro. Um aterro sanitário comum usa apenas uma camada de proteção antes de você colocar os rejeitos, no nosso caso a gente vai colocar três camadas. Além do mais a gente vai fazer todo um programa de monitoramento ao redor, todo o recurso hídrico superficial e subterrâneo será monitorado de forma extensiva, inclusive nós já fizemos agora nos estudos ambientais apresentados ao órgão licenciador Inema”, disse ele.
Fortuna falou um pouco sobre como irá funcionar o aterro e explicou sobre o tratamento dos resíduos sólidos.“Trata-se de uma central de tratamento e valorização de resíduos, ou seja, no mesmo local você pode trabalhar vários tipos de resíduos. No nosso caso nós vamos trabalhar com resíduos não perigosos, como os de classe 2 A que são os resíduos domésticos e os resíduos do serviço de saúde que serão primeiro esterilizados, tratados utilizando pressão e temperatura para depois serem descaracterizados e aí eles passam a ser classe 2 A e podem ser legalmente colocados no mesmo local do doméstico”, explicou João.
“Além disso, nós vamos ter a valorização também, por isso que é Central de Tratamento e Valorização. Vamos ter uma unidade lá pra trabalhar com compostagem, vamos utilizar a trituração de podas, os resíduos de feras, e aí a gente vai ter um composto. Então nisso a Central de Tratamento ela valoriza a logística reversa possibilitando se trazer de volta a cadeia produtiva aquilo que era rejeito”, disse ele.
O ambientalista voltou a firmar o compromisso em priorizar a mão de obra local como contra partida social e gerar emprego e renda para o município.“Nesse primeiro momento a central necessitará diretamente de 154 colaboradores entre seguranças, engenheiros, pessoal administrativo, balanceiro, operadores de máquinas. Com certeza é até economicamente melhor para a empresa nós contratarmos da região e vai ser priorizado Simões Filho, além dos 400 empregos indiretos, com certeza”, afirmou o engenheiro.
João também falou sobre o projeto de inclusão social que a empresa pretende disponibilizar para os jovens do município. “Nós vamos estar levando a nova tecnologia para essas pessoas que vão estar trabalhando. Vamos fazer cursos de inclusão digital pra comunidade do entorno, vamos ter também educação ambiental e vamos ter também muita coisa pra trabalhar com as comunidades que estão ali ao redor”.
Para finalizar, Fortuna fez questão de deixar uma mensagem para a população simõesfilhense que, segundo ele, até agora teve acesso a informações equivocadas sobre a Naturalle, mas que daqui por diante terá a oportunidade de conhecer o trabalho feito com seriedade e responsabilidade social da empresa.
“Eu quero tranquilizar a população de Simões Filho, que nós não chegamos ali pra agredir o meio ambiente, não chegamos ali pra trazer um empreendimento que vai desvalorizar a região, nada disso, nós vamos sim trazer oportunidades de emprego, quando estivermos ali nós vamos estar também monitorando o meio ambiente com responsabilidade ambiental, social e econômica”, finalizou.
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