Mulher raptada na Ufba foi deixada em Simões Filho


A mulher raptada no início da tarde desta quinta-feira (11) no campus de São Lázaro, na Universidade Federal da Bahia (UFBA), foi deixada em Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador. Segundo a tia da vítima, Nice Vaz, ela estava indo à faculdade para deixar dois currículos para uma vaga de emprego. Na ação, um mototaxista que a levava foi baleado e morreu no local.

Após ser abandonada, a jovem ligou para os familiares informando sobre o acontecido. Ainda segundo a tia, ela pegou uma carona e voltou para casa. A mulher relatou também que os bandidos foram agressivos enquanto a mantiveram refém. “Eles deixaram ela já próximo de Simões Filho. Ela disse que eles foram muito violentos com ela, puxaram o cabelo e arranharam o braço. Ela está muito assustada”, afirmou Nice.

A jovem raptada mora na Federação e foi até o campus São Lázaro com o mototaxista Rogério de Santana Souza, 30 anos, conhecido como Gordo. Os dois moram no mesmo bairro e eram conhecidos. Quando chegaram na rua Professor Aristides Novis, onde fica o campus da universidade, eles foram perseguidos por homens em um carro Citroen C3.

O mototaxista conseguiu entrar no campus, mas foi baleado em seguida. Um dos bandidos desceu do veículo, atirou em Rogério e obrigou a mulher a entrar no carro. O criminoso também pediu que ela recolhesse os celulares e documentos do mototaxista dentro da bolsa dela. Segundo testemunhas, ela pediu “calma, calma, por favor” antes de ser arrastada pelo braço para dentro do Citroen C3. Na correria, a bolsa dela acabou caindo no chão, ao lado da moto.

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) chegou rapidamente ao local, mas Rogério morreu antes de receber os primeiros socorros. De acordo com a perícia, ele levou quatro tiros de uma arma calibre 38, três deles atingiram a região do braço direito e um, o tórax. O rabecão do Departamento de Polícia Técnica (DPT) só removeu o corpo cerca de quatro horas depois do acontecido.

A moto de Rogério e a bolsa de Wilma ficaram no local do crime (Foto: Hilza Cordeiro/ CORREIO)

Correio24