Muita discussão bate boca, oração, maracujá, boicote, tudo isso na sessão da Câmara de vereadores de Simões Filho


Em sua 6ª sessão ordinária do ano vigente, realizada na noite desta terça-feira (11) na Câmara de vereadores de Simões Filho, os parlamentares protagonizaram uma das piores plenárias da história da cidade, onde o ambiente de discussões e gritaria tomou conta do salão nobre da Casa Legislativa.

Depois da leitura e aprovação por unanimidade de 11 das 19 indicações previstas para a noite, o vereador Everaldo (Vel), que desde o inicio de seu mandato vem levantando a bandeira do esporte e da educação em Simões Filho, foi à tribuna para apresentar a indicação de Nº 068/17 que dispões sobre a implantação do Programa Universidade Para Todos, bem como do Prouni em Simões Filho.

Durante sua justificativa Vel defendeu a importância do projeto, tendo em vista os milhares de estudantes do município que não têm condições de pagar as mensalidades de um curso particular de nível superior.

Tudo transcorria muito bem, até que o vereador Everton Paim, declarando apoio ao projeto, chamou a atenção do nobre colega sobre a inclusão do programa Prouni no texto da indicação, levando em consideração que este programa é uma iniciativa do Governo Federal e que não compete a esfera municipal.

Mesmo com a ressalva do colega Everton, Vel decidiu manter o projeto em pauta e seguir para a aprovação, quando então o vereador Erivaldo (Eri), por questão de ordem tomou a palavra e disse que se sentia receoso com relação à aprovação do projeto.

“Resguardando a nossa casa, a Câmara de vereadores nós temos que ter cuidado com o que é aprovado aqui. Por conta dessa situação, nada contra o colega, mas eu me coloco receoso de votar a favor dessa matéria”. Disse Ery que preferiu se abster do voto.

Se sentindo ofendido Vel disse que considerava os colegas inteligentes e que tomava a discussão como um impedimento para que os interesses do povo não fossem defendidos. Ao ser interrompido novamente por Everton, Vel disse que o vereador deveria “votar logo contra e não ficar em cima do muro”. Com 11 abstenções e 7 favoráveis a indicação foi aprovada.

Após os longos minutos de “bate boca”, o vereador Manoel Almeida (Neco) que seria o próximo a subir na tribuna, disse que deveria “servir suco de maracujá durante as sessões, para que os ânimos fossem acalmados”.

Não bastasse a indisposição anterior, o vereador Sandro Moreira pediu que antes do encerramento da sessão a plenária ainda discutisse a aprovação da indicação do vereador Denilson (Deni da Metalurgica), que seria de bastante relevância para a população simõesfilhense. No entanto, os parlamentares resolveram que por causa do horário a indicação, que está ha duas semanas aguardando aprovação, seria novamente adiada.

Ofendido com a alteração, Deni afirmou que “estava sendo boicotado” pelos nobres colegas e de novo o clima voltou a esquentar a ponto da sessão ser interrompida.

Ainda em um ambiente muito tenso e hostil os parlamentares resolveram fazer uma espécie de “oração do descarrego” para que todos pudessem retornar em tranqüilidade para suas casas, no sentido de recarregar as baterias e se preparar para um próximo “round” na semana que vem.