Em Audiência Pública realizada na tarde da última segunda-feira (10), na Câmara de vereadores em Simões Filho, o prefeito Diógenes Tolentino apresentou um balanço do seu primeiro trimestre de governo e também falou das dificuldades que encontrou ao assumir a prefeitura.
Ao apresentar o gráfico das despesas e chamar a atenção para o quadro caótico que a cidade foi deixada, com semáforos quebrados, trânsito desordenado, equipamentos sucateados na prefeitura e escolas sem merenda escolar, Dinha usando a mesma dinâmica da sua “música de campanha” citou o nome de cada bairro da cidade, que em sua concepção foram abandonados pela gestão anterior, fazendo menção aos vereadores que os representam.
“A Pitanguinha Dr. Alfredo como está? Km 30 Adailton como está? Boly Boly, como está? Enfim, não vou nem perguntar a Everton nem a Deni porque a resposta também vai ser negativa”, disse ele.
Perguntados sobre a situação das localidades, a maioria dos vereadores atendeu a expectativa do cacique concordando que as comunidades estão abandonadas. Inclusive o ex vice-prefeito Neco Almeida e o vereador Manoel Carteiro que foram eleitos pela base de Eduardo Alencar acenaram com a cabeça validando a afirmativa de Dinha. Outros parlamentares como Jailson Soares e Canjirana preferiram não se posicionar.
Sem esperar o prefeito ainda foi surpreendido por um antigo militante do seu grupo e ex candidato a vereador nas últimas eleições Paulo Queiroz, que mesmo sem ter a palavra concedida entoou indagações aos vereadores reeleitos da cidade.
“Eu queria saber o que os vereadores da gestão passada têm a falar porque o Tribunal de contas ano passado recusou as contas do prefeito e os vereadores da gestão aprovaram, o que os vereadores têm a falar?” interpelou Paulo.
Sem querer prolongar a discussão Dinha tomou a fala e respondeu pelos parlamentares, afirmando que a gestão anterior não promoveu a transparência necessária para que todos tivessem conhecimento da situação financeira da prefeitura.
“Em relação à questão da Câmara de vereadores muitas informações aqui não se trazia a luz da verdade, de uma forma clara como estamos fazendo. Pra você ter uma idéia, nós só chegamos agora na Secretaria da Fazenda porque tivemos dificuldades de levantar as informações desses documentos, então a coisa não era tão transparente como estamos colocando aqui agora não”, afirmou Dinha.
Em desacordo com a fala do prefeito Paulo disse que “pra não ver posto médico fechado só se for cego” e Dinha completou que estava se referindo apenas aos números e que neste sentido está tomando providências junto à justiça.
“As medidas cabíveis nós já tomamos e tenha certeza de que estamos fazendo algo legal. Nós já encaminhamos ao Tribunal de Contas e ao ministério público a situação e as autoridades competentes têm ciência”, colocou Dinha.
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