Uma mulher gestante de Simões Filho procurou na manhã deste sábado (25), o repórter da rádio Sucesso FM 93.1, Valfredo Silva para denunciar por maus tratos uma das mais conhecidas e movimentadas unidades hospitalares da capital baiana, a Maternidade de Referência Professor José Maria de Magalhães Netto, localizado no bairro Pau Miúdo, em Salvador.
De acordo com o relato de Stefany Santos, moradora da Avenida Paulo Souto em Simões Filho, após avaliação da médica que realiza seu pré-natal no município, a gestante foi informada que o seu bebê poderia estar passando por alguma dificuldade ainda em seu ventre e por essa razão foi orientada a procurar atendimento em uma maternidade da região.
Embora não tenha passado pela maternidade que integra o Hospital Municipal, segundo Stefany ela preferiu se deslocar até a unidade do Pau Miúdo por entender que a maternidade poderia acolher melhor o seu estado de saúde, uma vez que, se trata de uma gravidez de risco, em que o processo de internação dispõe de recursos de médio e grande porte, a exemplo da Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
No entanto, ainda de acordo com a grávida, os profissionais que lhe prestaram atendimento não confirmaram o diagnóstico feito no pré-natal, e após longas horas de espera a mulher teria sido liberada sem que nenhum exame mais detalhado tenha sido feito, tendo ela passado apenas pela triagem.
“A minha médica falou que minha criança não estava bem e quando eu cheguei lá eles disseram que isso não estava ocorrendo, então a minha médica está mentindo né? Quando eu voltar no pré-natal eu vou perguntar se ela está mentindo então”, disse ela ainda sem saber qual o diagnóstico correto.
Stefany conta que enquanto aguardava atendimento durante a madrugada, presenciou casos de negligência também com outras gestantes, que inclusive duas delas perderam seus bebês porque não foram atendidas em tempo hábil, e que o período de espera era de no mínimo três horas para que cada paciente passasse pela primeira triagem, segundo ela.
“Eles me disseram que só tinha um médico e que o atendimento estava fraco. A mulher chega lá correndo risco de perder o bebê, vai botando sangue e eles fazem toque e mandam voltar. Além dos casos de morte, tiveram casos de mulheres sentindo dor chegarem lá, fazerem ficha e ficarem esperando atendimento enquanto outras que chegaram após disseram que iriam internar primeiro porque era caso mais grave”.
A simõesfilhense relata está na 35ª semana (8 meses) da sua primeira gestação e que pela experiência que passou, não pretende retornar para essa maternidade quando entrar em trabalho de parto.
“Eu não pretendo voltar pra lá nunca mais, porque seu votar pra lá de novo, eu acho que vou perder meu bebê também viu. Pelo que eu vi ali, foi praticamente uma decepção e grande, porque se fala bastante desta maternidade e na primeira vez que eu fui e a última, porque eu também não quero ir mais, porque eu me amo e amo a vida de meu filho”.
A equipe do Mapele News tentou entrar em contato com a Maternidade Magalhães Netto para esclarecer a denuncia, mas foi informada por uma recepcionista que a assistente social estava em ronda pelo hospital e não poderia atender a reportagem.
Deixe seu comentário