Dia Mundial da Água: Prefeitura alerta para preservação do Rio Ipitanga em Simões Filho


Para comemorar o Dia Mundial de Preservação da Água, a Prefeitura, através da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente (Seduma), realizou uma ação de conscientização e mobilização voltado para o tema: “SOS Rio Ipitanga, um rio que pede socorro!”.

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Neste dia 22 de março, a Seduma tratou como marco inicial para a construção de um fórum permanente de discussão e ações visando a gestão sustentável da bacia hidrográfica do Rio Ipitanga.

O evento, realizado na Câmara de Vereadores, contou com a presença do vice-prefeito Sid Serra, representante do prefeito Diógenes Tolentino, que está em Brasília, do chefe da Seduma, Elias Melo, do diretor do Instituto Federal da Bahia (IFBA) em Simões Filho, Rui Carlos Mota, autoridades municipais, estudantes da Rede Pública de Ensino e membros da sociedade civil organizada.

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“Hoje é um dia para alertarmos sobre a importância de um bem tão precioso. Um dia também para mostrarmos a importância de se conscientizar do uso da água para a vida de todos nós. Então, fica aí o alerta de que esse bem, a cada dia, se torna mais escasso e, por isso, temos que utilizar de forma ordenada”, defendeu Sid.

O secretário Elias Melo, em sua apresentação chamou a atenção para a necessidade de monitoramento das água do Rio Ipitanga que, segundo o chefe da pasta, o último registro está datado no ano de 2005. “Esse evento de hoje não é festivo, nem comemorativo, mas um evento reflexivo”, disse Melo, ao afirmar que a Seduma tem se empenhado para implantar em Simões Filho uma gestão sustentável dos seus recursos hídricos.

Denúncia: Após vídeo que mostra degradação de rio na região da Pitanguinha, em Simões Filho, radialista cobra investimento do PAC

Em novembro de 2016, durante a realização esportiva do grupo Simões Filho Bike Club, alguns componentes, inclusive o radialista Jairo Mascarenhas já havia chamado a atenção das autoridades municipais sobre as questões que envolvem a degradação ambiental e a intervenção do poder público para minimizar a situação do rio Ipitanga.

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“Queremos pedir a nossas autoridades nas esferas federal, estadual e municipal mais atenção com a nossa mãe natureza”, declarou Jairo Mascarenhas.

Em 06 de agosto de 2008 foi divulgado na cidade o investimento de R$ 19,6 milhões do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), através do Ministério das Cidades para resolver o saneamento e desocupação às margens do rio Ipitanga, mas atualmente silenciosamente a sua biodiversidade agoniza com a falta de providências.

Um balanço realizado pela Controladoria-Geral da Uniao (CGU), Em maio de 2009 encontrou irregularidades em obras do Programa da Aceleração do Crescimento (PAC), em Simões Filho, ao fiscalizar a execução de projetos de urbanização de assentamentos precários, com recursos do Ministério das Cidades. De acordo com o Portal iBahia, os auditores identificaram sobrepreço com o valor apurado a partir de comparação com os preços da tabela do Sistema Nacional de Pesquisa, Custo e Índice da Construção Civil (Sinapi).

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A responsabilidade dos poderes públicos em adotarem medidas para a reversão do quadro que o rio Ipitanga agoniza, ainda permanece distante, mas a  alerta chama mais atenção ainda de quem será a responsabilidade, uma vez que o processo de despoluição constitui medida complexa, tendo em vista que não depende só da iniciativa da Administração Pública, mas do apoio da ampla participação popular.

Rio Ipitanga

O Rio Ipitanga tem sua nascente em Simões Filho. Com uma extensão linear de 30 km, ele corta Salvador e deságua no Rio Joanes, em Lauro de Freitas. Os principais afluentes são os rios Poti, Cabuçu, Cururipe, das Margaridas, Itinga, Caji e Ribeirão Itapoã.