O garoto Wedson Moreira da Silva, vitima de uma agressão sexual, veio a óbito na última terça-feira (14) após 11 dias internado na Santa Casa de Campo Grande. Dias antes de morrer, o adolescente de 17 anos que teve a mangueira de ar comprimido introduzida no ânus durante a ação de colegas, em um lava jato, onde trabalhava, declarou que a agressão sofrida não foi brincadeira, como apontado pelos acusados.
O jato da mangueira causou tantas lesões no corpo do jovem, que estourou o intestino grosso e comprimiu os pulmões, trancando as válvulas respiratórias. O corpo do adolescente foi velado nessa quarta (15).
Segundo informações do JC Online, citando a polícia, Wesner pediu diversas vezes para que os acusados parassem. “Ele disse que aquilo não era tipo de brincadeira, disse que pediu para eles pararem diversas vezes, mas que só pararam depois que ele começou a vomitar e a defecar”, relatou o delegado Paulo Sérgio Lauretto, responsável pelo caso.
Lauretto explicou que mesmo não se tratando de um interrogatório formal, o depoimento de Wesner resultou em um relatório que será complementado com o laudo necroscópico e os suspeitos do crime.
O dono do lava-jato onde a vítima trabalhava, Thiago Demarco Sena, 26, defendeu que tudo não passou de uma “brincadeira” comum entre eles. O funcionário Willian Henrique Larrea, 30, também acusado do crime, e uma criança de 11 anos, que presenciou a ação, confirmaram a versão.
A Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca) já pediu a prisão preventiva de Sena e Larrea.
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