A Associação de Pescadores do subúrbio de Salvador que abrange o Município de Simões Filho (Região Metropolitana) denunciou na tarde desta quarta-feira (25), a situação da degradação ambiental que está sendo instaurada na área de manguezal do distrito de Mapele, por causa das obras de instalações da empresa particular Belov Engenharia.
Durante muitos anos de atividade, que inclusive, fez parte da cultura do município de Simões Filho com a tradicional ‘Festa dos Pescadores’, o drama atualmente vivenciado pela categoria ilustra o sentimento de revolta, principalmente, pela questão da recessão econômica que potencializa a justificativa da categoria viver da atividade pesqueira para poder sustentar suas famílias; mas, devido às ‘ameaças’, eles temem pelas suas vidas.
Conforme relatos feitos pelo presidente da Associação, Sr. Jorge uma extensa área do manguezal está sendo aterrada, com um cascalho que também está sendo retirado do mar com um maquinário pesado.
“Não é justo o que estão fazendo na área de Mapele, uma área ambiental, uma área de pescadores, porque olha a parte do manguezal e as caçambas e os tratores na praia tirando a parte do cascalho, tirando a natureza.” Relatou o pescador.
De acordo com Jorge, o proprietário alega possuir uma licença ambiental para realizar a obra independente das consequências negativas que esta intervenção possa vir a acarretar ao eco sistema a as pessoas que dependem dele.
“Eu também recebi uma denuncia dos pescadores de que vão aterrar até as canoas. Será que as pessoas que assinaram este documento sabem o que estão fazendo? Isso vai beneficiar quem? Vejam bem o tamanho do crime.” Questionou Jorge.
Ainda não se sabe que tipo de construção será realizada no local e a quem compete a responsabilidade do aterramento da área e da retirada de cascalhos. No entanto, a comunidade local teme os danos ambientais que a “praia” poderá sofrer nos próximos meses e por esta razão estará realizando um protesto.
Vale salientar que o distrito de Mapele possui hoje dois vereadores eleitos ocupando cadeiras no Legislativo municipal. Neste sentido, os moradores da localidade apelam para que os seus representantes legais busquem alternativas junto aos órgãos competentes para que a situação seja revista.
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