O corpo do ministro Teori Zavascki foi enterrado no final da tarde deste sábado (21) no cemitério Jardim da Paz, na zona leste de Porto Alegre, a cerca de 15 km da sede do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, onde foi realizado o velório ao longo do dia.
Antes do enterro, uma cerimônia religiosa foi realizada na capela do cemitério apenas para familiares e conduzida pelo arcebispo da capital, dom Jaime Spengler. O caixão de Teori chegou ao local do sepultamento por volta das 17h15 (horário de Brasília), escoltado por três veículos da PF (Polícia Federal).
Diversos agentes da PF fizeram a segurança do local. Às 18h05, o caixão foi conduzido da capela até o local reservado para o enterro. Oito militares do 3º Regimento de Cavalaria de Guarda, do Exército, carregaram o caixão. Vizinhos do cemitério se deslocaram ao local para assistir ao enterro. “Quem vai fiscalizar a roubalheira toda?”, disse uma mulher, preocupada com o destino da Lava Jato.
(Foto: Beto Barata/PR) |
As autoridades que estavam presentes no velório, como o presidente Michel Temer (PMDB) e o juiz Sérgio Moro, não foram ao enterro. O ministro Ricardo Lewandowski, do STF (Supremo Tribunal Federal), foi até o cemitério Jardim da Paz. A família de Teori pediu que as autoridades não fossem ao enterro.
Às 18h15, os militares executaram o “toque de silêncio”, uma tradição fúnebre. As pessoas presentes bateram palmas.
Sucessão
Antes do sepultamento, durante o velório, o presidente Michel Temer disse que só indicará um substituto para a vaga de Teori Zavascki, morto da quinta-feira (19), depois que o STF definir a nomeação de um novo relator dos processos da Lava Jato.
Em rápida fala, de dois minutos, Moro destacou a “qualidade, importância e relevância dos serviços” que Teori prestava e disse que a relatoria da Lava Jato é uma “situação difícil” pela “importância desses processos”. “Foi um verdadeiro herói e há uma grande desolação na magistratura”, afirmou.
O ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça) Paulo de Tarso Sanseverino defendeu que o sucessor de Teori seja escolhido “antecipadamente entre um ministro do próprio Tribunal”. “Não se deve deixar a relatoria para um ministro que vai assumir em uma situação politicamente delicada”, disse. Sanseverino disse ainda que “não seria mal” e que seria uma “solução bem razoável” que própria ministra Cármen Lúcia assumisse a relatoria da Lava Jato.
Correio24
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