PM sobre rebelião em Alcaçuz: “Está todo mundo se matando”


“Está todo mundo armado e se matando”. A declaração é do major Eduardo Franco, da Polícia Militar, sobre os internos da Penitenciária Estadual de Alcaçuz, no Rio Grande do Norte, que entra no quinto dia de motim nesta quinta-feira (19). Conforme explicou o major Franco, os confrontos entre integrantes das facções Sindicato do Crime e Primeiro Comando da Capital (PCC), que voltaram a ganhar força nesta manhã, deixaram mortos e feridos, mas ainda não se sabe quantos.
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A informação, também publicada no G1, é de que, até o momento, os agentes que estão nas guaritas não foram alvejados,”senão teríamos que revidar”. Mais cedo, integrantes do PCC, detidos no presídio Rogério Coutinho Madruga, ou Pavilhão 5, derrubaram as barricadas e atacaram rivais do Sindicato do Crime, que ocupam três outros pavilhões de Alcaçuz.

Os presos usaram pedras, barras de metais e vigas de madeira. O diretor de Alcaçuz, Ivo Freire, ficou ferido com um tiro de raspão.

Reforço Imediato

“Situação está fora de controle”, afirmou o governador do Rio Grande do Norte, Robinson Faria, sobre o cenário vivenciado na Grande Natal nos últimos dias. Após novas rebeliões e ataques criminosos no estado, a missão do governo é interditar a Penitenciária Estadual de Alcaçuz, onde morreram pelo menos 27 presos.

Segundo informações da Rádio CBN, Faria solicitou reforço imediato de homens das Forças Armadas ao ministro da Justiça, nesta quinta-feira (19), para conter novos confrontos na capital potiguar, já que a polícia estará em Alcaçuz para evitar que integrantes de facções se enfrentem novamente.

Estão botando fogo em ônibus como retaliação pela separação das facções nos presídios. Ambos os lados estão retaliando o governo. A situação está muito mais grave do que ontem. Precisamos de um socorro imediato”, suplicou o governador.