Governo vai liberar R$ 23 milhões para projeto de combate ao Aedes


O governo federal autorizou o BNDES a liberar R$ 23 milhões para dar apoio financeiro ao plano de enfrentamento da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que prevê o combate ao risco de novos surtos e epidemias de dengue, zika e chikumgunya.

Um levantamento do Ministério da Saúde aponta que ao menos 855 municípios do país estão em situação de alerta ou risco de novos surtos e epidemias das doenças do Aedes. O panorama faz parte de uma nova edição do Levantamento Rápido de Infestação do Aedes aegypti, feito entre outubro e novembro. A adesão dos municípios é voluntária.

O recurso do BNDES, não reembolsável, será destinado ao desenvolvimento de kits de diagnóstico e ações de combate ao vetor de transmissão do vírus, o mosquito Aedes aegypti. O projeto prevê o desenvolvimento de três testes de diagnóstico cujas características diferem dos testes já disponíveis no mercado. O teste molecular, mais moderno, destaca-se por sua sensibilidade e especificidade, devendo identificar os vírus da zika, da dengue e da chikungunya com maior segurança. Já os testes sorológicos, por se basearem na reação do organismo à presença do vírus, podem ser utilizados muito tempo após a transmissão do vírus pelo mosquito. Por isso são importantes para pacientes assintomáticos, possibilitando aferir se já foram infectados anteriormente.

O projeto busca ainda duas formas de combate ao vetor. A primeira delas busca validar o uso da bactéria Wolbachia no Aedes aegypti para interromper o ciclo de transmissão da  dengue, zika e chikungunya. Em paralelo a essa metodologia desenvolvida na Austrália, será apoiada a avaliação do uso do próprio mosquito como veiculador de larvicida para tentar solucionar o problema de acesso aos criadouros de insetos não tratáveis pelos meios de controle tradicionais. Em 2016, até meados de setembro, foram registrados 200.465 casos prováveis de febre pelo vírus da zika no país, tendo sido confirmados 109.596 casos. Com informações do CORREIO.