Diversos municípios baianos estão na mira do Ministério Público Federal (MPF), após suspeitas de irregularidades em mais de 870 mil benefícios do programa Bolsa Família, entre 2013 e maio de 2016. Entre os estados, a Bahia é o 7º em número de suspeitos, e entre as capitais, Salvador é a 13ª.
Na Região Metropolitana, o município de São Francisco do Conde compõe a lista. No interior, Tremendal, Ipecaetá, Gongogi, Itaju da Colônia, Macururé, Cairu, Nova Redenção, Ourolândia, Ubaitaba, Caatiba, Uruçuca, Caraíbas, Arataca, Itamari, Paulo Afonso, Jucuruçu, Caldeirão Grande, Anguera e Jussari elencam a lista de irregularidades no Bolsa Família.
De acordo com informações do ‘Bocão News’, são casos de renda incompatíveis com o perfil de pobreza ou extrema pobreza exigido pelas normas do programa, como beneficiários já mortos, empresários, servidores públicos com famílias de até quatro pessoas, empresários, doadores de campanha, e servidores que também são doadores de campanhas eleitorais. Ainda de acordo com a publicação, as irregularidades foram descobertas a partir de um cruzamento de dados do governo federal, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), da Receita Federal e dos Tribunais de Contas dos estados e municípios.
De 2013 a maio de 2016, o MPF identificou 874,1 mil perfis suspeitos de fraudes, que representam 4,07% dos 21,5 milhões de titulares do benefício que passaram pelo programa no período do monitoramento. O valor repassado a essas famílias que são alvo da fiscalização somam R$ 3,3 bilhões, ou 3,34% dos R$ 86 bilhões desembolsados na vigência da fiscalização.
São Francisco do Conde está na lista dos dez com maior proporção de suspeitos, onde o número varia de 18% a 20%.
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