Com a eleição do republicano Donald Trump à Casa Branca, milhares de brasileiros que vivem ilegalmente no país temem o drama da deportação. De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, mais de 1,3 milhão vivem no país e, de acordo com estimativas, ao menos 730 mil não têm documentação adequada.
Antes de ser eleito, Trump ameaçou deportar 11 milhões de imigrantes ilegais do país. “Durante sua campanha, ele mudou de posição muitas vezes em relação à imigração, chegando a falar em expulsar os muçulmanos, mas, depois, voltou atrás. A imigração é a maior dúvida em relação a esse governo, mas, pela tendência do discurso, podemos esperar um endurecimento nas fronteiras”, disse Jorge Lasmar, professor de relações internacionais da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas), em entrevista ao jornal O Tempo.
Na opinião do coordenador do curso de relações internacionais da Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU), Manuel Furriela, projetos de reforma do sistema de imigração do país que dariam cidadania aos imagrantes ilegais devem ser abandonados. As medidas são apoiadas pelo presidente Barack Obama e pela candidata derrotada, Hillary Clinton.
“Um acordo que o país estava negociando buscava facilitar a emissão de vistos para brasileiros que quisessem ir para os EUA a negócios e também eliminar o visto de turismo”, afirma Furriela.
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