A manifestação dos permisssionários do transporte público de Simões Filho terminou na tarde desta quarta-feira (09), por volta das 14h, após caminhada pela Avenida Elmo Serejo Farias rumo ao centro da cidade. A manifestação provocou um grande congestionamento no trânsito que atingiu a região da Ceasa e também a BR-324, nas vias que dão acesso ao município. Com faixas e gritos de ordem, os permissionários deram um “não” ao transporte clandestino por considerar que o mesmo destrói o “regular”. Além disso, os manifestantes culparam o “clandestino” em provocar todo caos e colapso no sistema de transporte público do município.
O clima esquentou, mesmo após durante muito tempo da situação acirrar divergências na cidade. A confusão provocada por ânimos exaltados quase chegou as “vias de fato” com a chegada de Guterney ao local e acusado pelos permissionários por contribuir com o colapso no sistema.
De acordo com Orlando Azevedo, conhecido como ‘Binho’ e ex-presidente da COOTASF, a manifestação foi pácifa e ordeira. Ele acusou Guterney de provocar a crise no transporte, após colocar 40 veículos para operar na cidade de forma “errada e clandestina e com péssimas condições de operar”.
A declaração de Binho e de alguns permissionários dada em entrevista à uma rádio da Região Metropolitana registrou sérias acusações sobre Guterney que pretende tomar medidas necessárias sobre as acusações. Ainda de acordo com Binho, a Cooperativa não estar conseguindo atender a população com a ampliação de veículos irregulares na cidade.
“A Cooperativa em 2011 fez um investimento de 12 milhões com a compra de veículos novos e não estamos conseguindo atender a população. Ele é mercenário e contribui para o colapso no sistema”, acrescentou ao fazer um apelo para que a prefeitura tome uma providência e proiba a circulação dos transportes clandestinos, ao considerar que a sentença foi derrubada, além, dos regulares levarem os idosos, deficientes, estudantes e também a meia-passagem.
“Ele está acabando e destruindo o transporte. Fora Guterney. Fora Clandestino”, gritou a permissionária do veículo 62.
As acusações se acirraram com o depoimento do Sr. Claudemir que acusou Guterney de roubo e saquear a Cooperativa. Segundo Guterney, a sua saída da presidência teria sido arquitetada para colocar Binho que hoje também não ocupa o cargo.
Claudemir, permissionário do carro 57, disse que fazia parte da chapa de Guterney e listou, através, das ondas do rádio, uma série de acusações. “Ele estava saqueando, roubando a Cooperativa. Ele emprestou R$ 90 mil para receber com R$ 250 mil. Ele recebeu em 12 parcelas de R$ 12 mil e quando entrou pegou mais R$ 120 mil e hoje está colocando 30 carros e cobrando R$ 50 reais de cada veículo para rodar o dia todo. Motoristas sem habilitação, não levam cadeirantes e sem nenhuma condição”, declarou o permissionário.
Segundo Guterney a justiça lhe concedeu uma liminar, onde a juíza concedeu uma sentença garantindo o direito de todos os 180 associados de rodar com seus veículos desde que cumpra a Lei Municipal dos carros levarem de 12 a 16 passageiros. “Os carros que Binho alega que hoje são clandestinos estão legal e segundo a Lei Municipal no artigo 31, eles que são clandestinos”, ironizou Guterney.
“O direito dos 180 associados ninguém poderá tirar porque foi uma TAC – Termo de Ajustamento de Conduta – junto ao Ministério Público que garantiu dos associados rodar até a próxima eleição em 05/01/17”, esclareceu Guterney.
Ainda de acordo com ele, os manifestantes deveriam concorrer a licitação. “Concorram a licitação para acabar com essa briga besta”, disse.
O imbróglio causa divergências na cidade. Populares criticam os serviços do transporte público de Simões Filho. Por conta da manifestação nesta quarta-feira, o sistema de transporte foi prejudicado e a população teve que garantir a mobilidade por meio do transporte considerado ‘irregular’ pelos reinvindicadores.
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