A carta de um menino americano de seis anos comunicando a Barack Obama a oferta de um lugar em sua família para uma criança refugiada síria viralizou.
Alex, de Nova York, escreveu para o presidente dos EUA depois de ver uma foto de Omran Daqneesh, retratado com rosto ensanguentado em um hospital de Aleppo em uma imagem que causou indignação e consternação ao redor do mundo.
No Facebook, Obama disse que a carta era de uma criança “que não aprendeu a ser cínica, desconfiada ou temerosa”. O post do presidente, acompanhado por um vídeo em que Alex lê a carta, já foi compartilhado mais de 125 mil vezes.
“Caro presidente Obama, lembra-se do menino que foi socorrido por uma ambulância na Síria?”, escreveu o menino.
“Você poderia buscá-lo e trazê-lo para a nossa casa… estaremos esperando por vocês com bandeiras, flores e balões. Daremos ao menino uma família e ele será nosso irmão.”
Obama citou as palavras de Alex em uma reunião de cúpula da ONU sobre refugiados no início da semana, mas dias depois a Casa Branca gravou o menino lendo a carta com em voz alta.
“Todos deveríamos ser mais como Alex”, escreveu o presidente. “Imaginem como o mundo seria se fôssemos assim (como o menino). Imaginem o sofrimento que poderíamos aliviar e quantas vidas poderíamos salvar.”
A atitude do menino foi elogiada nas redes sociais. “Um menino de seis anos mostrou mais humanidade, amor e compreensão que muitos adultos. Parabéns aos pais”, disse uma mulher do Texas no Facebook.
“Nenhum desses doces meninos, que são filhos de alguém, não são Skittles”, disse outra usuária, fazendo referência à controversa declaração de Donald Trump Jr., filho do candidato republicano à Presidência dos EUA.
Em uma postagem nas redes sociais, Trump Jr. comparou refugiados sírios a uma tigela repleta de doces da marca Skittles e questionou: “se dissesse que apenas três deles poderiam te matar. Você pegaria um punhado deles?”.
Obama pediu às nações desenvolvidas que participem mais dos esforços para ajudar refugiados da guerra civil na Síria.
Em agosto, os EUA anunciaram ter recebido 10 mil sírios este ano e que pretendem admitir 110 mil em 2017.
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