Morreu nesta terça-feira o ex-presidente da Fifa e ex-atleta panamericano, João Havelange, aos 100 anos, no Rio de Janeiro. O ex-dirigente passava por problemas de saúde e havia sido internado no mês passado no Hospital Samaritano por conta de uma pneumonia. Em 2014, Havelange também foi internado depois de sofrer uma infecção respiratória.
Marie Faustin Goedefroid de Havelange nasceu no dia oito de maio de 2016, filho de pai belga, que vendia armas. Ele atuou em vários ramos do esporte, mas ganhou fama ao presidir a entidade máxima do futebol entre os anos de 1974 e 1998. Durante o período, Havelange participou da organização de seis Copas do Mundo e ajudou na criação dos Mundiais de base.
O cartola exerceu ainda o cargo de presidente de honra da Fifa, mas renunciou ao cargo em 2013, depois de investigações da ISL, quando enfrentou acusações de corrupção nos contratos para as transmissões de Copas do Mundo. Segundo o relatório do Comitê de Ética da Fifa, os casos teriam ocorridos entre os anos de 1992 e 2000, e envolveria ainda o e-presidente da CBF e genro de Havelange, Ricardo Teixeira. A ISL obteve direitos de transmissão de vários torneios organizados pela entidade pagando comissões aos membros da Fifa.
João Havelange foi também presidente da Confederação Brasileira de Desportos, antiga CBF, entre 1965 e 1974, período em que o Brasil conquistou três Mundiais, e do Vasco da Gama, mesmo sendo torcedor do Fluminense. Fora do futebol, ele presidiu a Federação Paulista de Natação e foi membro do Comitê Olímpico Internacional (COI), sendo eleito em 1963 e permanecendo no cargo até 2011, quando pediu desligamento.
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