Pelo menos 14 pessoas morreram e mais de 46 mil ficaram desalojadas desde junho no Níger após inundações causadas por chuvas torrenciais. As áreas mais atingidas ficam em pleno deserto, revelou nesta sexta-feira (12) um novo balanço do governo do país.
“As inundações registradas em várias localidades do país causaram 14 mortos, cinco feridos e 46.296 desalojados”, diz um comunicado do governo nigerino divulgado pela televisão estatal.
No fim de julho, a Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou um balanço que contabilizava 11 mortos e 29.888 desalojados.
As autoridades de Niamey afirmaram ter enviado “assistência alimentar de 326 toneladas” para as populações das zonas afetadas, estando “em processo de preparação para assistência não-alimentar”, com o apoio de parceiros.
A maioria das vítimas e os danos materiais mais graves foram registrados nas regiões de Tahoua (oeste) e Agadez (norte), as duas zonas mais desérticas do país da região do Sahel.
Nestas duas áreas de pastagens e horticultura, as tempestades mataram 19.536 cabeças de gado (vacas, cabras, ovelhas e camelos) e devastaram várias centenas de hectares de plantações, lamentou a ONU, no final de julho, apoiando-se em dados fornecidos pelas autoridades locais.
A capital também está ameaçada por inundações, e o rio Níger já transbordou as suas margens, indicou a administração de Niamey. Segundo o governo, os diques de proteção dos bairros da cidade cederam após a subida das águas.
No início de junho, a ONU deu o primeiro alarme sobre os riscos de novas inundações neste ano, que podiam afetar mais de 100 mil pessoas no país, regularmente afetado por crises alimentares devido à seca.
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