Pelo menos sete pessoas morreram neste sábado (6) numa manifestação contra o governo da Etiópia, na região de Oromia. Na capital do país, Adis Abeba, dezenas de pessoas foram detidas pela polícia.
Os membros das duas principais etnias do país, os Oromo e Amhara, protestam há vários meses contra o governo do país, acusando-o de discriminação a favor do grupo étnico Tigrayans. O grupo ocuparia posições chave no Executivo e nas forças de segurança.
Testemunhas citadas pela agência de notícias France Presse relataram que pelo menos sete manifestantes morreram em Nemekte, no oeste do país, na região de Oromia.
Também no sábado, dezenas de pessoas foram detidas numa concentração de cerca de 500 pessoas, com forte presença policial, na praça principal de Adis Abeba, gritando frases de protesto como “queremos a nossa liberdade” e “libertem os nossos presos políticos”.
O primeiro-ministro da Etiópia, Haile Mariam Dessalegn, anunciou na última sexta-feira (5) a proibição de manifestações que “ameaçassem a unidade nacional” e autorizou a polícia a usar todos os meios para preveni-las.
Os dois grupos étnicos representam cerca de 80% da população. As autoridades do país admitem que pelo menos uma dezena de pessoas morreu em confrontos com a polícia por causa de disputas territoriais nas últimas semanas.
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