Grupo organiza plebiscito para transformar o Sul em um país independente do resto do Brasil


O movimento “O Sul é o meu país”, que deseja separar Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul do resto do Brasil, pretende fazer um plebiscito informal no dia 2 de outubro, simultaneamente às eleições municipais, com intuito de alcançar 1 milhão de pessoas que sejam a favor da causa.

A cédula fará a pergunta: “Você quer que o Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul formem um país independente?”. De acordo com a organização do plebiscito, o evento vai contar com o trabalho voluntário de cerca de 23 mil pessoas, que estarão envolvidas nos trabalhos de coleta de votos. Serão espalhadas 4 mil urnas tradicionais nos 1.191 municípios dos três estados. A votação acontecerá do lado de fora das seções eleitorais organizadas pelo Tribunal Regional Eleitoral.

Segundo a lei federal 9.709, para ter algum valor legal, o plebiscito deveria ser aprovado pelo Congresso Nacional e ser regulamentado pela Justiça Eleitoral.

Em entrevista à Folha de São Paulo, o historiador Tau Golin, da UPF (Universidade de Passo Fundo) disse que a atitude do grupo é considerada xenófoba, pois esses grupos separatistas pregam um movimento antibrasileiro, que não admite a ideia de pluralidade. Para o historiador, o movimento considera descendentes de italianos e alemães, comuns no Sul, como especiais ou raça superior.