A Polícia Federal prendeu na manhã desta quinta-feira (21), cerca de dez brasileiros que planejavam um ataque terrorista durante as Olimpíadas do Rio de Janeiro. Eles seriam parte de uma célula do Estado Islâmico no Brasil. A operação secreta foi organizada pela Divisão Antiterrorismo da PF. O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, dará uma entrevista coletiva para explicar detalhes da prisão e das ações do grupo ainda hoje.
Segundo a PF, os presos foram recrutados pela internet, assim como os terroristas que realizaram ações em Paris, na França, e em Orlando, nos Estados Unidos. Eles também juraram lealdade ao EI.
A PF monitorou mensagens trocadas pelo grupo nas redes sociais, principalmente pelo Facebook e Twitter. Desta forma, os policiais descobriram o plano para fazer um atentado terrorista na Olimpíada e para comprar armamento. O grupo ainda não tinha decidido os possíveis alvos dos ataques.
Por conta da proximidade do evento, a PF decidiu prender o grupo. As prisões aconteceram em mais de um estado brasileiro. A Justiça autorizou a prisão preventiva, por isso não há data de soltura dos suspeitos.
A PF não divulgou os nomes dos detidos e detalhes do ataque. Há um adolescente entre os presos.
Chamou atenção que o grupo tinha uma estrutura organizada. De acordo com os investigadores, o perfil dos suspeitos encaixa-se no grupo que é considerado de maior risco entre os brasileiros investigados.
Eles são recém convertidos ao islamismo, se frustaram com o tom pacifista das mesquitas brasileiras e passaram a buscar o radicalismo propagandeado pelo Estado Islâmico pela internet.
Atualmente, a inteligência brasileira investiga 50 suspeitos. Os presos na ação desta quinta estavam nesta lista. Informações do jornal A Tarde.
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