Socioeducadores são afastados após morte de adolescente dentro de Case em Simões Filho


Jovem foi encontrado morto com lençol no pescoço nesta quinta-feira, na unidade do CIA/Aeroporto

Socioeducadores da Comunidade de Atendimento Socioeducativo (Case) do CIA/ Aeroporto, em Simões Filho, foram afastados das atividades após a morte do adolescente Bruno Carvalho de Jesus, 16 anos, dentro da unidade nesta quinta-feira (14).

O corpo do adolescente foi encontrado com um lençol no pescoço. Segundo a Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SJDHDS), os servidores que estavam de plantão vão ficar sem exercer suas funções até o final da investigação do caso.

Eles foram ouvidos por uma Comissão de Apuração Disciplinar. Os profissionais responsáveis pelo alojamento cinco socioeducadores, um coordenador de segurança e dois coordenadores plantonistas, também foram ouvidos pela comissão por causa das agressões ao adolescente Victor Silva, 16 anos, nesta mesma unidade, no dia 25 de junho.

A comissão vai finalizar o relatório e encaminhar ao Ministério Público. “A direção da Fundac [Fundação da Criança e do Adolescente] já tomou todas as medidas necessárias para apuração dos fatos ocorridos na unidade, entre elas, a criação de uma Comissão de Apuração Disciplinar para averiguar se houve negligência ou omissão no caso de agressão entre os internos. O relatório será encaminhado ao Ministério Público Estadual, já oficiado”, afirmou o secretário de Justiça, , Geraldo Reis, que visitou a unidade nesta sexta-feira (15).

Ele foi acompanhado da diretora da Fundac, Regina Affonso, e da Superintendente de Apoio e Defesa aos Direitos Humanos da SJDHDS, Anhamona de Brito. A Secretaria de Segurança Pública (SSP) já está investigando as ocorrências.

A unidade atende 108 adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa e conta com uma equipe técnica de 308 funcionários, destes, 162 são socioeducadores. Os oito internos que assumiram a autoria das agressões a Victor foram encaminhados às Delegacias do Adolescente Infrator (DAI), e de Repressão a Crimes Contra a Criança e o Adolescente (Dercca), para prestar depoimento.