Mão de Luva, o grande salteador da região de Vila Rica, interpretado por Marco Ricca em “Liberdade Liberdade” já mostrou nos primeiros capítulos da novela que tudo o que der lucro ele e seu bando estão roubando. Foi assim quando pegou o livro de Tiradentes (Thiago Lacerda) – principal veículo de disseminação das ideias republicanas – e quando sequestrou Joaquina (Mel Maia) em troca de ouro.
“Ele vive falando que é fiel à coroa, mas é um bandido. É um peemedebista da época, sempre fiel à coroa, mas sempre roubando o país”, conta o ator, aos risos, em entrevista ao UOL.
Para Ricca, a novela que foca na vida de Joaquina, a filha de Tiradentes, no Brasil de 1789 a 1808, traz temas oportunos relacionados à crise política atual do país.
“Se a novela puder colaborar para isso, para que a gente possa refletir em um momento tão importante que a gente está vivendo, tão ácido, fervoroso, à flor da pele, será legal, né? Porque a gente está discutindo, falando sobre justiça, sobre liberdade, uma série de temas que estão aí permeando até hoje na sociedade”, disse.
Mão de Luva foi um personagem histórico que realmente existiu, mas foi adaptado pelo autor na novela, Mário Teixeira. O verdadeiro bandido, que se chamava Manuel Henriques, ficou conhecido por esse apelido porque usava uma luva de couro no lugar da mão, que foi decepada em uma luta. Mão de Luva comandava um bando de quase 200 salteadores e se escondia no meio do mato.
“Eu só gravo fora do estúdio, só no meio do mato, eu tenho um acampamento do Mão de Luva onde fica o bando dele. Então minhas cenas são todas externas, começam à tarde e vão até de madrugada”, contou o ator, que acredita que o personagem ficará até o fim da trama. “Adoraria que tivesse que fazer menos, mas a priori eu vou até o fim”, explica.
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