Tiro pela Culatra: Professores percebem tentativa de ‘massa de manobra’ do Vereador Luciano Almeida e saem da Câmara


 [soundcloud soundcloudurl=”https://soundcloud.com/marcos-simoes-217735983/tiro-pela-culatra-professores-percebem-tentativa-de-massa-de-manobra-do-vereador-luciano-almeida” ][/soundcloud] Os professores da rede municipal de ensino de Simões Filho; estiveram na manhã desta terça-feira (29), na Câmara de Vereadores e na oportunidade, além de pedirem o direito de resposta a uma declaração feita na semana passada pelo Vereador Jailson Soares; também deixaram ‘ às claras’ as reivindicações da pauta; que argumentam suas lutas, objetivos e, sobretudo, a justificativa sobre a greve deflagrada no município.

Enquanto a Casa Legislativa ficava lotada pela categoria e o Presidente Joel Cerqueira fazia a condução dos trabalhos; um requerimento verbal dos parlamentares; pedia a suspensão da palavra franqueada para que pudesse atender aos professores, caso que foi aceito por unanimidade, logo após, a intervenção do Vereador João Contador (PDT).

Uma situação inusitada; foi o ‘tiro sair pela culatra’; quando o Vereador Luciano Almeida, um dos que mais intensificou o pedido de atender os professores, com seu discurso, ‘pró-categoria, ser desmascarado pelos próprios professores que entenderam que o parlamentar estaria aproveitando o momento para fazer política. A situação anterior já tinha chegado ao limite quando o Presidente da Casa, Joel Cerqueira alertou Luciano para que ‘não parecesse que ele estaria fazendo campanha’.

Após fazer várias interrupções, o Vereador Luciano Almeida se dirigiu a tribuna da Casa e ‘saiu da linha’ das reivindicações da categoria; alegando que é preciso fazer uma reforma administrativa e com uma relação em mãos, citou as secretarias que conforme o seu entendimento deveria haver uma ‘fusão’.

O plano de fazer dos professores, ‘massa de manobra’, daria certo, se a categoria realmente não fosse construtores de cidadãos inteligentes e formadores de opinião. Cansados com o aproveitamento político do parlamentar, duas professoras que lideraram o movimento reivindicatório na Câmara; convidaram os demais professores e deram ‘às costas’ ao Vereador Luciano Almeida.

“Colegas, o nosso tempo aqui acabou. Já demos o nosso recado e agradecemos o Presidente da Câmara por nos abrir essa oportunidade para falarmos aqui, mas pra mim já deu”, exclamou em alta voz a professora Fátima Aleluia acompanhada também pela professora Gleide Aleluia. Sem reação, Luciano Almeida desistiu do seu discurso e saiu da tribuna. “Já damos o nosso recado. Chega! Que palhaçada”, disparou a professora.

Estigmatizado por formadores de opinião da cidade como pertencente a ‘bancada da arruaça’, o parlamentar vêm sendo muito criticado, após marchar com o governo por quase 8 anos, a sua esposa Andrea Almeida; pertencer ao primeiro escalão e após pedir exoneração, o fato ser visto como ‘glória’, já que à incoerência em seu discurso, quando fala em ‘cabide de emprego’, coloca exposta a sua própria vulnerabilidade, fazendo com que a opinião pública, o estigmatize como um ‘vereador incoerente’.

Luciano Almeida continuou no governo após 9 meses do pedido de exoneração da sua esposa da pasta da mulher; e nesse tempo, mesmo aprovando todos os projetos do executivo; nas sessões demonstravam um discurso ‘contrário’, ampliando nos corredores da Câmara como um parlamentar que possui em seu certificado, a ‘incoerência’ como principal válvula de escape para tentar se reeleger, mas o povo diz sempre. “Não somos bestas”.

A credibilidade do Vereador Luciano Almeida desde o ano passado é contestada. O secretário de Desenvolvimento Econômico, Paulo da Tupy já afirmou. “Ele está na ponta da tábua para se jogar”, declaração feita quando o parlamentar discutiu e ameaçou ao vivo um radialista da região metropolitana no final de junho de 2015.

“Não pense que vai me intimidar não; eu continuo com o mesmo pensamento e acho que o político que fica traindo e vai de acordo com a conveniência; não merece o crédito das pessoas”, afirmou o radialista na época.