Quênia ameaça não participar da Rio-2016 por causa do zika


Para país africano, saúde dos atletas é mais importante que os jogos

O diretor do Comitê Olímpico do Quênia, Kipchoge Keino, disse nesta terça-feira (9) que o país pode desistir de participar da Olimpíada de 2016, no Rio, em agosto, por causa da proliferação do vírus zika no Brasil.

“Se o vírus zika atingir níveis epidêmicos, não vamos correr risco. Não vamos expor os nossos jovens. A saúde de nossos atletas é mais importante do que os Jogos”, disse Keino.

“Vamos esperar até o último minuto. Contamos com os conselhos das autoridades do Brasil para tomar uma decisão”, afirmou.

O Quênia é uma das potências do atletismo, pois possui alguns dos melhores corredores de média e longa distância do mundo.

Na Olimpíada de 2012, em Londres, na Inglaterra, o país ganhou 11 medalhas no total (duas de ouro, quatro de prata e cinco de bronze), todas no atletismo.

Na segunda-feira (8), a agência Reuters disse que os Estados Unidos também podem deixar de participar da Olimpíada por causa do zika. A informação, porém, foi negada pelo Comitê Olímpico dos EUA (USOC, na sigla em inglês).

O presidente da Federação de Esgrima dos EUA, Donald Anthony, afirmava que a USOC havia dito a federações do país que atletas podem considerar não participar da Rio-2016 devido à proliferação do vírus da zika no Brasil.

As federações, segundo Anthony, foram informadas que ninguém deve ir ao Brasil “se não se sentir confortável”. A mensagem teria sido repassada em janeiro durante teleconferência envolvendo membros do comitê olímpico e líderes de federações.

O porta-voz da USOC disse que o relato é “100% impreciso”. Referia-se, segundo ele, a “uma discussão interna com líderes esportivos dos EUA sobre funcionários e os riscos potenciais que o CDC identificou em viagens a áreas infectadas pelo zika”.

A USOC disse que só foram repassadas às federações as recomendações do Comitê Olímpico Internacional (COI) e do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC, na sigla em inglês), como o alerta a gestantes para que evitem viajar ao Brasil.