A infecção pelo zika vírus pode ameaçar o feto em qualquer fase da gestação. A conclusão é resultado de um estudo feito pela Fundação Oswaldo Cruz em parceria com a Universidade da Califórnia, publicada no site da revista The New England Journal of Medicine.
O estudo iniciado em setembro do ano passado acompanhou 88 mulheres com sintomas de Zika, como manchas vermelhas no corpo, conjuntivite, dor de cabeça e nas articulações, entre as quais 72 tiveram diagnóstico positivo para a doença. Desse total, 42 aceitaram ser acompanhadas pelo estudo e 29% das gestantes esperavam bebês com alterações no sistema nervoso central.
Conforme publicado pelo Estadão, os filhos de mulheres contaminadas entre a 5ª e a 38ª semanas de gravidez apresentaram más-formações, como microcefalia, calcificações cerebrais, restrição de crescimento intrauterino e ausência de hemisférios cerebrais. A função placentária também foi afetada, com casos de grávidas sem líquido amniótico. Dois fetos morreram.
Outro dado chamou a atenção dos pesquisadores: 88% das grávidas haviam tido dengue e 21% delas disseram que os companheiros também já contraíram zika. Os autores do estudo acreditam que os resultados “fornecem apoio adicional” para mostrar a ligação entre a infecção e “anomalias fetais e placentárias”.
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