Menina de 4 anos é achada morta no Rio; pai e madrasta são presos


“Nunca vi uma cena como essa”, disse delegado

Uma garota de apenas 4 anos foi achada morta na manhã da terça-feira (19) no Rio de Janeiro. O corpo da pequena Micaela estava em um apartamento de um condomínio de Brás de Pina, na Zona Norte do Rio. O pai e a madrasta da menina foram detidos e encaminhados para a Divisão de Homicídios, segundo o jornal Extra. Micaela foi morta a pauladas, segundo as primeiras informações divulgadas.

Os vizinhos ficaram indignados com o crime. Segundo Méri Viana, a menina fez aniversário há 15 dias. A criança era querida entre os vizinhos, que se juntaram para organizar uma festinha. “Era uma criança adorável. Na semana passada foi à festa de 15 anos da minha filha”, lembrou, em entrevista ao Extra.

A garota fez aniversário há duas semanas, segundo uma vizinha
(Foto: Reprodução/Facebook)

O delegado André Leiras contou que a menina tinha marcas de golpes em várias partes do corpo, como cabeça, mãos e membros inferiores, além de estar desnutrida. “Eram tantas lesões que será necessário exame complementar para definir a causa da morte. Em 14 anos de polícia, nunca vi uma cena como essa”, disse ele ao G1.

Joelma Souza Silva, de 43 anos, e Felipe Ramos da Silva, de 30 anos, madrasta e pai da menina, estão presos. Os moradores tentaram agredi-los enquanto eram detidos, mas a Polícia Militar impediu o linchamento.

Vizinho postou foto de Joelma e Felipe
(Foto: Reprodução/Facebook)

 

O filho de Joelma, Wellington da Silva, 25 anos, foi à delegacia prestar depoimento. Ele foi quem acionou a PM depois de perceber que a criança estava morta, denunciando a mãe. Wellington contou que chegou em casa de madrugada e viu a menina dormindo no sofá, como era costume. De manhã, acordou e viu que a garota estava morta, com escoriações no rosto.

Segundo informações do Extra, o pai da criança disse que não estava em casa de dia e ao chegar de noite a filha dormia, mas a polícia não acredita nessa versão. Um inquérito vai investigar o caso. A madrasta já respondeu por crime de lesão corporal em 2011.