Os moradores da Avenida Paulo Souto e região, em Simões Filho, estão sofrendo com as obra de duplicação e requalificação da rodovia BA-093, realizada pela Concessionária de Rodovias Bahia Norte. Segundo os moradores, desde o início das intervenções, os transtornos são frequentes e não existe diálogo com a operadora.
Ainda segundo nformacoes, a obra tem causado deslizamentos de terra provocados pela intervenção de terraplanagem e alagamentos causados pela construção de uma rede de drenagem.
“Desde que começaram essa obra que estamos sofrendo. São pessoas fechadas para o diálogo e que não se preocupam com as consequências que estão sendo provocadas. Estamos perdendo a nossa dignidade, os nossos bens estão se acabando e as nossas casas estão sendo invadidas pela água e pela lama. Tivemos conhecimento de um projeto, mas ficou só no papel, aqui eles estão fazendo outra coisa e alegam ter licença do Inema, mas o Inema nunca esteve aqui”, desabafou Felipe, morador da Paulo Souto.
A conclusão da obra estava prevista para o mês de março/2022 e os efeitos negativos também estão sendo sentidos pelos moradores das localidades vizinhas, como Santa Rosa, Campo do Vasco, Centro, Barreiro e Parque Continental. Com o período de chuva se aproximando, os simõesfilhenses temem por maiores consequências.
“As intervenções que estão sendo realizadas não foram estudadas e nem mapeadas. Eles estão fazendo a drenagem para uma antiga lagoa aqui da região e também para o canal que não suporta a quantidade de água. O resultado é o sofrimento do povo com o alagamento das ruas e casas. Estamos no período onde as chuvas são mais frequentes, outono/inverno, e a comunidade está com medo do pior”, disse Tailson Souza, morador da Santa Rosa .
A Prefeitura da Cidade foi acionada pela Comissão de Moradores e desde então vem dialogando com os moradores e cobrando um posicionamento da Concessionária.
A intervenção está orçada R$24 milhões e era previsto a duplicação das faixas, sistema que proporcionariam segurança viária e mobilidade no tráfego de veículos, além de reordenar a faixa de domínio, minimizando impactos socioambientais como a desocupação de áreas e supressão vegetal. Além disso, as atividades estão previstas no Contrato de Concessão nº 01/2010, assinado entre a Concessionária Bahia Norte e o Governo do Estado da Bahia, representado pela SEINFRA / AGERBA.
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