Nos próximos meses, o Bolsa Família deve contribuir para que 3 milhões de pessoas saiam da extrema pobreza no Brasil, de acordo com pesquisa do economista Daniel Duque, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV), divulgada nesta segunda-feira, 27.
Neste mês, o governo anunciou que pagaria o maior valor já registrado em transferência de renda com o Bolsa Família. No total, serão 21,1 milhões de famílias que receberão um ticket médio de R$ 670,33. Segundo o Portal Poder 360, o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social afirma que o programa de transferência de renda teve um gasto de R$ 14 bilhões em março.
De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) 12,47 milhões de brasileiros estavam em situação de pobreza extrema no 3º trimestre de 2022. Segundo o economista, esse número vai cair para 9,46 milhões de pessoas com as novas regras do Bolsa Família.
Conforme critérios do Banco Mundial, é considerado extremamente pobre quem tem menos de US$ 1,90 (R$ 9,90 na cotação atual) por dia para viver. O governo Lula reajustou a linha de pobreza, que determina quem terá direito ao benefício. A renda per capita passou para R$ 218.
O novo formato do programa estabeleceu o valor mínimo de R$ 600 por família e um adicional de R$ 150 a cada criança de 0 a 6 anos. A partir de junho, as famílias também receberão mais R$ 50 por cada integrante com idade de 7 a 18 anos.
De acordo com o portal Poder 360, um relatório da XP afirma que os economistas Rodolfo Margato e Tiago Sbardelotto projetam que a renda familiar do brasileiro deve crescer 3,5% neste ano, e só 1,4% correspondente a ampliação de transferências com proteção social, proveniente do Bolsa Família.
Ainda segundo o portal, eles relatam que o programa social deve exercer forte influência sobre o consumo e avanço do PIB (Produto Interno Bruto). Os economistas estimam um crescimento de 1% da economia em 2023.
A Bahia é o estado do Nordeste com mais beneficiados com o adicional de R$ 150 do programa Primeira Infância, além de ter a liderança no âmbito nacional, seguido por São Paulo e Rio de Janeiro. Os dados foram divulgados pelo Governo Federal no dia 20 de março.
A tarde
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