Antes dos colégios eleitorais abrirem, havia uma dúvida no ar: vários candidatos no páreo para as eleições de 2022 apareceriam com novos números. Isso teria impacto na vida de cada um deles e nos seus desempenhos perante o eleitorado? Essas dúvidas começam a ser sanadas.
O BNews procurou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA) para entender o impacto dos novos números na Bahia. Candidato ao governo do Estado e ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (União Brasil) foi para a sua primeira eleição sem o clássico 25, número que pertenceu ao ARENA, PFL e Democratas antes de deitar em berço esplêndido e descansar, dando lugar ao 44 – fruto a união do DEM com o antigo PSL, partido por onde o presidente Jair Bolsonaro (hoje no PL) se elegeu com o número 17.
O 25 era um número bem presente na memória eleitoral baiana. Além do próprio ACM Neto, foi o número por onde nomes os governadores César Borges e Antonio Carlos Magalhães se elegeram. Era daqueles números tão fortes quanto o 13 petista. Mas, faz parte do passado.
Talvez por isso o ex-prefeito de Salvador tenha até ultrapassado limites da legislação eleitoral e anunciava o número novo, o 44, mesmo em atividades de pré-campanha, quando é proibido fazer esse tipo de menção. O fato é que foi feito, certamente de olho em anunciar essa nova era.
Segundo dados do TSE após análise das urnas em toda a Bahia, o resultado deu bom para ACM Neto. Em todo o estado da Bahia, foram 3.573 votos anulados por eleitores que digitaram o 25 na urna. Isso dá menos de 0,04% do total de votos válidos que foi de 8.129.042 e não chegou a tirar 0,2% dos votos do ex-prefeito de Salvador.
ACM Neto ficou em segundo lugar e vai disputar o 2º turno contra Jerônimo Rodrigues (PT). Neto garantiu 40,80% dos votos válidos, com 3.316.711 de baianas e baianos apertando o 44 na urna.
Líder do primeiro turno, Jerônimo Rodrigues conquistou 4.019.830 votos e ficou com 49,45% do total da votação válida para o governo da Bahia.
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