Estamos em 2022, mas falar sobre a saúde do homem ainda é um tabu. Por isso, duas datas anuais alertam para a necessidade de debater o assunto: uma em julho, quando é comemorado o Dia Nacional do Homem, e outra no mês de novembro.
Para reforçar a conscientização sobre os perigos de negligenciar a saúde, profissionais do Ambulatório Sérgio Macedo, localizado na cidade de Simões Filho, têm intensificado as ações com o propósito de chamar a atenção da sociedade para problemas e circunstâncias que possam atingir, em especial, o sexo masculino.
No local gerenciado pela Fundação Fabamed, são realizados uma média mensal de 235 atendimentos voltados para o público masculino nas especialidades de urológica e coloproctologia. Médico urologista da unidade, Alexandre Ziomkowski destaca que o câncer de próstata ainda registra números altos no Brasil. Dados do Ministério da Saúde apontam que ele corresponde a 29,2% dos tumores malignos em homens, sendo um dos cânceres mais frequente nessa população. Estimam-se ainda 65.840 casos novos de câncer de próstata para cada ano até 2022.
“Nesse momento, a gente aproveita para ressaltar que todos os homens são bem-vindos no consultório do urologista e aproveitamos para lembrar da importância da saúde do homem. Os homens a partir dos 50 anos devem iniciar a rotina de rastreio do câncer de próstata, é nessa idade que começam a aparecer o início dos sintomas relacionados ao crescimento benigno da próstata. Esses sintomas são, principalmente, a redução do jato urinário e o aumento da frequência urinária. É bom lembrar que o câncer de próstata não tem sintomas, esses são os primeiros indícios e por isso é tão importante esse acompanhamento”, destaca Ziomkowski.
No espaço, os homens de Simões Filho e região também encontra atendimento com especialistas em proctologia, especialidade médica que se destina a investigar a saúde do intestino grosso, reto e ânus. “As doenças coloproctológicas diminuam a qualidade de vida do paciente. Os homens deveriam se cuidar mais e abolir parte dos seus pudores para que pudesse deixar de lado o preconceito de um toque retal que pode prevenir doenças graves como um câncer, que a maior parte dos indivíduos oncológicos são homens e isso acontece por conta da procura tardia por um médico”, completa o proctologista Rafael Gavião Farias, que também atua no Ambulatório Sérgio Macedo.
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