Água em 7 cidades baianas têm excesso de substâncias nocivas


Consumo desta água pode causar câncer, mutações genéticas, problemas hormonais, nos rins e sistema nervoso

A água consumida por moradores de sete cidades da Bahia possui substâncias que geram riscos à saúde, segundo dados do Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano (Sisagua), do Ministério da Saúde, compilados pelo Mapa da Água da Agência Repórter Brasil.

Em todo o país, são 763 as cidades que possuem produtos químicos e radioativos. A cada 4 municípios onde foi realizado o teste, um teve como resultado a água imprópria.

Na Bahia, as cidades onde a água foi reprovada são Vitória da Conquista, Jequié, Itiruçu, Itabuna, Cruz das Almas e Lauro de Freitas. Os dados foram levantados em testes realizados entre 2018 e 2020.

Nestas seis cidades foram encontradas substâncias que geram riscos à saúde. Em Camaçari, a situação foi mais grave. Testes identificaram substâncias com os maiores riscos de gerar doenças crônicas.

Substâncias químicas e radioativas, inevitavelmente, se misturam a rios e represas e são encontrados na água que chega ao consumidor. Entretanto, o risco se dá quando estas substâncias são encontradas em níveis acima do limite regulamentado.

Entre os riscos, o consumo desta água pode causar câncer, mutações genéticas, problemas hormonais, nos rins e no sistema nervoso.

Na Bahia, os dados não puderam ser levantados em diversas cidades, como Campo Formoso, Catu, Pojuca e Itaberaba, pois não foram enviadas as informações necessárias para o levantamento.

Nas demais cidades, como Salvador, Candeias, Eunápolis e Riachão de Jacuípe as substâncias estavam dentro do limite de segurança.

Em todo o estado foram feitos 34.500 testes. Destes, em 42 o resultado foi positivo para substâncias nocivas acima do limite.

Conteúdo A tarde

Foto: Washington Nery | Divulgação