Após assembleia realizada nesta quarta-feira (12), a Ford chegou a um acordo com os trabalhadores da fábrica localizada em Camaçari e vai encerrar de vez as atividades na cidade da região metropolitana de Salvador.
No acordo selado entre a empresa automobilística e o sindicato, ficou acertado que os funcionários do setor operacional vão receber 2,05 salários nominais por cada ano trabalhado, enquanto os administrativos vão receber um salário nominal por ano.
As duas categorias tem direito a um valor fixo adicional de acordo com as faixas pré-definidas, com uma indenização mínima garantida de R$ 130 mil.
Também ficou acordado que a empresa vai arcar com seis meses de plano hospitalar e remuneração adicional para os empregados operacionais que possuem algum tipo de restrição médica.
Além disso, será oferecido aos funcionários que perderam os seus postos de trabalho um programa de qualificação. Uma empresa contratada vai ajudá-los a se realocar no mercado.
Segundo informações do G1, a fábrica possuía cerca de 4 mil funcionários. A empresa não informou quantos deles estão inseridos no acordo.
A montadora anunciou no dia 11 de janeiro de 2021 que iria encerrar a produção de veículos nas fábricas situadas no Brasil.
A decisão motivou diversos protestos, principalmente diante da crise econômica agravada pela pandemia de Covid-19.
Em fevereiro, a Justiça chegou a conceder uma liminar que suspendia a demissão coletiva e o governador Rui Costa (PT) se reuniu com representantes de outros países para tentar atrair investimentos para o estado e minimizar o impacto com a saída da Ford.
Com a saída da Ford de Camaçari, que é o maior polo industrial da Bahia, o município pode perder cerca de 10% da sua arrecadação.
Com o fechamento da fábrica, a produção industrial da Bahia despencou e registrou em fevereiro a maior queda desde maio de 2020, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE).
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