Trabalhadores da Vale Manganês voltaram a fazer um protesto nesta quinta-feira (24) em Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador (RMS). Os funcionários foram para a porta da fábrica e cobraram uma negociação para que a planta da empresa não seja encerrada. Segundo o diretor do sindicato dos metalúrgicos de Simões Filho, Erivaldo Caburika de Jesus, o segmento pode ser explorado por outras empresas, o que garantiria os empregos.
O sindicalista diz que a unidade baiana representa em torno de 35% da produção nacional de ferroliga [liga de manganês, matéria-prima do aço], o que despertaria interesse de outras empresas. O metalúrgico disse que a representação já conversou com a prefeitura de Simões Filho e com o governo do estado.
“A gente quer que a Vale discuta a venda da planta porque tem empresa interessada na exploração do mercado. Isso evitaria um numero significativo de demissões. A gente pede que a Vale sente para negociar uma saída honrosa. Abrindo o espalho para quem queira explorar e mantendo os empregos”, disse Caburika de Jesus ao Bahia Notícias.
O sindicalista também criticou uma proposta de demissão voluntária que teria partido da empresa. “Ela insiste em criar um PDV e de certa forma está obrigando o trabalhador a fazer um pedido de demissão voluntária enquanto que ela é quem devia arcar com isso”, finalizou.
A Vale já tinha informado em nota o encerramento das atividades na planta de Simões Filho. Segundo a empresa, houve tentativas de manter a operação “autossustentável e competitiva” ao longo dos últimos dez anos, mas não conseguiu êxito. O processo de finalização está previsto para acontecer até o final do ano.
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