Após desertas nas licitações, Dinha está protegido por lei para resolver o problema do transporte de Simões Filho”, diz secretário da Semob


A Prefeitura Municipal de Simões Filho abriu por três vezes neste ano as licitações para o serviço de transporte público coletivo de passageiros do município onde poderão concorrer empresas e cooperativas, no entanto, todas deram desertas, ou seja, não houve participação das mesmas.

Em entrevista na tarde desta terça-feira (24), o secretário de Mobilidade Urbana (Semob), Jackson Bomfim, falou sobre as desertas, possível causa do problema de mobilidade, e disse que o prefeito vai apresentar uma solução no sistema municipal de transporte de passageiros.

“O prefeito Dinha está protegido pela lei municipal e federal para poder tomar uma atitude administrativa e resolver o problema do transporte no município. Nós não vamos antecipar de que forma vai ser feita essa solução, mas tenha certeza que agora, definitivamente, o prefeito vai dar uma solução no sistema municipal do transporte de passageiros”, revelou.

Segundo Jackson Bomfim, o gestor municipal vai anunciar as boas novas para o povo da cidade e, se possível, ainda neste ano de 2019. “Em breve, o prefeito vai anunciar o dia da implantação do novo sistema de transporte de Simões Filho e, dentro da lei, nós poderemos fazer esse ano ainda”, divulgou.

“Todos sabem que desde que o prefeito Dinha assumiu a administração da cidade encontrou esse problema que já vem desde 2012. O Ministério Público tem um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) com a administração municipal para que se fizesse a licitação no sistema de transporte. Nós consultamos consultorias e montamos todas as licitações através de edital, chamamos empresas para participarem mas, infelizmente, não compareceu nenhuma empresa nas três chamadas públicas”, explicou.

Na oportunidade, o titular da pasta da Semob esclareceu porque as empresas não participaram da licitação do transporte público na cidade. “Nós sabemos que, hoje, o transporte coletivo de passageiros urbanos está passando por muita crise, a exemplo de Salvador, que não foi diferente por causa da implantação do sistema de Metrô”, explicou Bomfim, que salientou o descaso das gestões passadas no âmbito estadual e municipal no sistema de mobilidade urbana, sobretudo, no que se refere à segurança pública no dia a dia da população que depende do transporte coletivo na cidade.

“O que eu acho que não se tornou atraente foi a vulnerabilidade dentro do município, não só na área de segurança por parte do Governo do Estado, mas também na questão de muitos anos sem ter o sistema público de transporte na cidade. Por isso, alguns empresários, com certeza, tiveram receio de investir no município, mas isso é normal, porque o município vivia um verdadeiro desmanche administrativo e, por não fazer isso antes em momento oportuno então, hoje herdamos o problema das administrações anteriores que nós vamos resolver”, afirmou. “Nós estamos no limite da solução”, completou.

A deficiência do transporte público municipal na cidade, situada na Região Metropolitana de Salvador (RMS), tem sido uma das maiores dificuldades da população nos últimos dez anos. Há quem diga que o transporte da cidade é uma doença incurável.