Deputada Kátia Oliveira enfatiza que “a Bahia precisa de políticas mais sólidas de combate à violência contra a mulher”


A deputada estadual Kátia Oliveira (MDB) defende o fortalecimento das políticas públicas de combate à violência contra a mulher na Bahia. Ao comentar sobre a campanha ‘Agosto Lilás’, que alerta para a violência contra a mulher, a parlamentar avalia que o governo do estado precisa investir em ações mais sólidas de conscientização e enfrentamento, além de aumentar a rede de acolhimento e atendimento ao público feminino, que hoje ainda é abaixo do necessário.

“Bahia precisa de políticas mais sólidas de combate à violência contra a mulher. Entendemos que as Deams (delegacias especiais de Atendimento à Mulher) e a Ronda Maria da Penha são ferramentas fundamentais, mas precisam ser ampliadas, pois podem ajudar a inibir os autores de atos violentos. Precisamos de mais Deams e necessitamos que a ronda seja interiorizada”, afirma a deputada.

Kátia Oliveira pontua que a campanha ‘Agosto Lilás’, na Bahia, teve apenas ações pontuais. “Faltam mais ações de conscientização, não apenas em agosto, levando informações para o público femininos sobre, por exemplo, o 180 (Central de Atendimento à Mulher) e a Lei Maria da Penha. Faltam investimentos mais robustos em campanhas focadas nas mulheres, quebrando a barreira do silêncio que ainda existe e, por motivos diversos, faz com que muitas ainda sofram caladas”, complementa a deputada.

Ela ressalta, ainda, que não apenas as agressões físicas entram no rol da violência contra a mulher. “Humilhar, xingar, diminuir a autoestima, controlar e oprimir a mulher também são formas de violência e precisam ser combatidas com veemência. O governo precisa atentar para esta realidade”, afirma, ao lembrar que a Bahia foi o segundo estado com mais casos de homicídios de mulheres em 2017, segundo o Anuário da Segurança Pública, com 474 ocorrências, atrás apenas de São Paulo, que registrou 508.

Dados das Deams revelaram ainda que, apenas em janeiro deste ano, 980 agressões contra mulheres foram registradas em Salvador, uma média de um caso a cada 45 minutos. Dados do Ligue 180 apontam que a média mensal de agressões cresceu 24% no ano passado em relação a 2017 – foram 7.634 contra 6.139 casos.

Na Assembleia Legislativa, a deputada apresentou propostas para criar uma Deam e uma Casa Abrigo em Simões Filho, além de uma base operacional da Ronda Maria da Penha em Camaçari. Também propôs a criação da “Campanha Estadual Maria da Penha” com o objetivo de promover ações de conscientização nas escolas públicas estaduais e particulares.