52 policiais já foram mortos ou baleados na Bahia em 2017; aponta pesquisa


Somente neste ano de 2017, 52 policiais foram baleados ou morreram em território baiano. Os dados foram coletados pelo jornal Correio da Bahia, com base nas reportagens publicadas. As estatísticas contabilizam policiais civis e militares, em diversas situações durante o serviço e fora dele. Os crimes aconteceram entre 3 de janeiro e 8 de julho.

O último caso aconteceu na noite desta segunda-feira (10), no bairro da Liberdade. O policial militar Ruan Veber Patriarca dos Santos, 29 anos, foi baleado com dois tiros, na Ladeira da Soledade. De acordo com informações do Centro Integrado de Comunicações (Cicom), Ruan tentou defender uma amiga que estava sendo ameaçada com uma faca pelo marido.

A maior parte dos crimes foi contra policiais militares: 48, contra cinco envolvendo civis. Ao todo, foram 35 baleados e 17 mortos. Salvador concentra a maior parte dos crimes: 27. Além dos mortos e baleados, há também um policial que foi vítima de um sequestro-relâmpago, no bairro do Cabula, no mês passado.

Na semana passada, dois policiais foram baleados quando realizavam rondas no bairro de Cajazeiras 11. E no sábado (9), um policial militar foi baleado durante a noite, no bairro de Arenoso. O policial, que não teve o nome divulgado, foi atingido de raspão na cabeça e socorrido para o Hospital Roberto Santos, onde passou por avaliação médica e não corre risco de morte.

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que das 17 mortes registradas este ano na Bahia, 13 casos já foram resolvidos, com a prisão dos autores. Os casos são investigados pela Força-Tarefa da SSP, comandada pelo delegado Odair Carneiro. “Só este ano, 22 pessoas foram presas e 16 morreram em confronto acusadas de participação em ataques contra servidores policiais”, diz a notas enviada pela assessoria do órgão.

A secretaria disse ainda que “os constantes investimentos em capacitação, promovidos pelas instituições policiais com o objetivo de preparar seus integrantes para as adversidades e os riscos da profissão”.