Aprovada a abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, o vice Michel Temer, seu eventual substituto, não dará declarações até que o Senado avalie a decisão da Câmara. No entanto, nestas próximas duas semanas, o vice começará a montar sua equipe e definirá as primeiras medidas de seu governo.
De acordo com assessores, o objetivo é dar prioridade as áreas econômica e social para mostrar logo a que veio: rebater as críticas de que pode abolir os programas sociais e mudar as expectativas sobre o rumo do Brasil. A partir desta segunda-feira (18), a equipe de Temer acredita numa “perspectiva concreta” de poder e, por conta disso, ficará mais a vontade para fazer “sondagens oficiais” de nomes para compor os ministérios.
Uma das prioridades é definir o Ministério da Fazenda, cargo para o qual estão cotados Henrique Meirelles e Armínio Fraga. Temer também quer reduzir o número atual de 31 ministérios para algo abaixo dos 20. O vice-presidente também vai iniciar conversas com aliados para montar sua futura base aliada no Congresso.
A equipe de Temer também deseja se aproximar do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), para que ele acelere o processo de votação de impeachment na casa. Neste primeiro momento, a avaliação tanto do governo como da oposição é que o Senado irá acatar a decisão da Câmara. Caso siga todos os prazos estabelecidos, o Senado deve votar até o fim da primeira quinzena de maio. Caso aprovado, Dilma é afastada por 180 dias.
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