Insatisfeita com a falta de resultado das ações do Ministério da Saúde no combate ao mosquito Aedes aegypti, a presidente Dilma Rousseff decidiu desencadear uma operação de grande porte, com uso maciço de militares das Forças Armadas, em todo o país, para entrar de casa em casa, tentando reduzir os criadouros. Ao mesmo tempo, o governo quer usar as 190 mil escolas públicas, mobilizando 40 milhões de estudantes e 2 milhões de professores, para que eles se envolvam no combate às doenças provocadas pelo Aedes, na volta às aulas.
Serão palestras, cartilhas e pedidos para um trabalho conjunto, uma espécie de “guerra ao mosquito”. Campanhas em rede de televisão também serão desenvolvidas. A presidente caracterizou a situação no País como “de emergência” e exigiu o “empenho máximo” de todos os segmentos do governo. Após regressar de viagem a Pernambuco, um dos Estados onde a situação é mais crítica com as diferentes doenças provocadas pelo mosquito – dengue, chikungunya e zika que está associado à microcefalia -, a presidente Dilma comandou uma reunião com ministros, exigindo providências urgentes.
A preocupação do governo é que a situação, que já é considerada grave, piore muito mais, uma vez que a proliferação do mosquito ocorre principalmente entre os meses de fevereiro e junho e as doenças estão crescendo exponencialmente. Com a volta às aulas, o governo quer negociar com estados e municípios para que eles entrem “de cabeça” neste processo de combate ao mosquito, principalmente porque o Ministério da Educação não pode agir sobre todas as escolas.
Dilma deu prazo até segunda-feira (25), para que os ministérios apresentem propostas de ação. Na terça-feira será realizada reunião para traçar os atos. As Forças Armadas, em particular o Exército, vão ampliar o trabalho que já estão fazendo, pontualmente, em algumas cidades.
Os militares vão às casas, ajudar na descoberta de criadouros, ensinar o combate ao mosquito. A ideia é que as ações sejam quase que imediatas. A decisão de usar o Exército e as escolas é para tentar conseguir uma mobilização da comunidade, para que não haja uma “explosão” da doença já em fevereiro. Com a campanha nas escolas, o objetivo é usar os alunos e professores para difundir as medidas para acabar com as larvas do mosquito. As informações são do Estadão Conteúdo.
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