Uma pesquisa do IBGE divulgada nesta sexta-feira (15) revela que 13,4 milhões de pessoas viviam em condição de extrema pobreza no Brasil em 2016. Ou seja, com até US$ 1,90 por dia, algo em torno de R$ 4,45 na cotação da época, ou R$ 133,7 mensais.
Outras 51 milhões de pessoas (25,4%), aproximadamente, viviam em nível menos agudo de pobreza, com o equivalente a R$ 387 mensais, que também é considerado bem baixo com relação aos índices da inflação.
Os estados com os níveis mais altos de pessoas vivendo na pobreza são Maranhão (52,4%), Amazonas (49,2%), Acre (46,6%), Pará (45,6%) e Ceará (44,5%). O menor percentual é registrado por Santa Catarina (9,4%) – São Paulo e Rio de Janeiro têm 12,2% e 18,3%.
A situação é ainda mais grave se levadas em conta as estatísticas do IBGE envolvendo crianças de 0 a 14 anos de idade. No país, 42% das crianças nesta faixa etária se enquadram nestas condições e sobrevivem com apenas US$ 5,5 por dia.
No que diz respeito à distribuição de renda no país, a Síntese dos Indicadores Sociais 2017 comprovou, mais uma vez, que o Brasil continua um país de alta desigualdade de renda, inclusive, quando comparado a outras nações da América Latina, região onde a desigualdade é mais acentuada.
Segundo o estudo, em 2017 as taxas de desocupação da população preta ou parda foram superiores às da população branca em todos os níveis de instrução. Na categoria ensino fundamental completo ou médio incompleto, por exemplo, a taxa de desocupação dos trabalhadores pretos ou pardos era de 18,1%, bem superior que o percentual dos brancos: 12,1%.
“A distribuição dos rendimentos médios por atividade mostra a heterogeneidade estrutural da economia brasileira. Embora tenha apresentado o segundo maior crescimento em termos reais nos cinco anos disponíveis (10,9%), os serviços domésticos registraram os rendimentos médios mais baixos em toda a série. Já a Administração Pública acusou o maior crescimento (14,1%) e os rendimentos médios mais elevados”, diz o IBGE.
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